Futebol

Mascotes de Times de Futebol Brasileiro: Ícones Carismáticos e Representativos

A origem dos mascotes no futebol remonta ao início do século XX. A intenção dos clubes era expressar sua identidade e gerar um sentimento de pertencimento ao escolher determinada figura para representá-los. 

A criação de mascotes uniu torcedores em prol dos clubes e possibilitou uma identificação emocional com o time. 

Os mascotes em sua maioria são animais, mas depois foram surgindo personagens fictícios, criados com base em características e símbolos associados às equipes e às cidades que as representam. 

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Flamengo

A escolha do urubu como mascote do Flamengo surgiu, curiosamente, pelos rivais cariocas. Os torcedores rubro-negros se sentiam ofendidos ao serem chamados de urubu pelos adversários. 

Tudo mudou em 1969 num clássico contra o Botafogo. A torcida alvinegra simplesmente soltou um urubu no gramado. 

Resultado: vitória do Flamengo por 2 a 1 e fim do jejum de quatro anos sem vitória sobre o rival. E mais: a torcida se apegou à superstição do animal e o adotou como mascote oficial. 

Corinthians

Não há unanimidade quanto ao porquê do mosqueteiro ser o mascote do Corinthians. A história mais conhecida diz respeito a uma matéria publicada pelo jornal A Gazeta em 1929. 

O noticiário fez uma analogia do time do Corinthians aos mosqueteiros devido à sua bravura e coragem, após o triunfo do Timão diante do Barracas-ARG. A torcida gostou da comparação e apropriou o mosqueteiro como mascote. 

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São Paulo

O mascote do São Paulo faz referência ao santo que dá nome ao clube. Carinhosamente chamado de “Vovô Tricolor”, o personagem foi criado na década de 1940. 

Palmeiras

O requisito inicial para o Palmeiras definir seu mascote foi simples: escolher um animal com as mesmas cores do clube. 

Daí veio o Periquito, que representa o time desde a década de 1940. A história também dá conta que tal decisão se deu porque existiam muitos periquitos nas redondezas do Palestra Itália.  

Contudo, o Periquito não é o único mascote do Palmeiras. O clube também adotou o Porco. O animal era utilizado de forma pejorativa em direção à torcida palmeirense. 

No entanto, apesar de se ofenderem no início, os alviverdes mudaram de percepção e apreciaram o porco a ponto de utilizá-lo como representante da instituição. 

Santos

Antes do tempo áureo de títulos da “Era Pelé”, o torcedor do Santos era chamado de “peixinho” pelos adversários. O termo faz referência à origem litorânea do clube, e o diminutivo era sátira dos rivais. 

Até que vieram as conquistas, e o Santos tentou passar uma imagem de grandeza ao definir a Baleia como mascote.

Cruzeiro

A Raposa foi definida como mascote do Cruzeiro pelo cartunista Fernando Mangabeira – também responsável pela criação do mascote do rival Atlético-MG, o Galo. 

A ideia era relacionar a rapidez e a astúcia do animal às qualidades do então presidente do Cruzeiro à época, Mário Grosso.

Grêmio

Em 1946, o chargista João Pompeo, do jornal Folha da Tarde, criou um personagem para cada time que disputava o Campeonato Gaúcho daquele ano. E o do Grêmio era justamente um mosqueteiro. 

Acabou que o Tricolor consagrou-se campeão estadual, e a torcida gremista se apegou à superstição do mosqueteiro.

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Internacional

A ligação do Internacional com o Saci-Pererê surgiu na década de 1940. A associação entre clube e personagem folclórico se deu por dois motivos: alusão à sagacidade do Saci e recepção de jogadores negros no elenco colorado – o que não era comum na época.  

Em 2016, o Saci se tornou oficialmente o mascote do Internacional – pela primeira vez documentado no estatuto do clube, depois de mais de décadas nas graças dos torcedores.

Atlético-MG

O mascote do Atlético-MG foi desenvolvido pelo cartunista Fernando Mangabeira em 1945. A visão do criador é que o Galo representa o time atleticano em campo: forte, aguerrido, bravo, que luta até morrer – uma analogia às rinhas de galo que eram comuns na época. 

Galo Forte e Vingador do Atlético-MG.

Fluminense

A imagem do Fluminense sempre esteve associada à elite carioca. Por isso, o cartunista argentino Lorenzo Molas refletiu o aspecto social na criação do mascote do clube. 

Daí surgiu o cartola, em 1943: um homem com fraque e bem vestido, personificando o torcedor tricolor. 

Em 2016, o Fluminense passou por um processo de mudança na identidade visual e lançou o Guerreirinho como mascote. 

O nome é uma referência à alcunha de “Time de Guerreiros”, que surgiu na arrancada que livrou o clube do rebaixamento à Série B em 2009. O intuito era se livrar da seara pejorativa atrelada ao elitismo do cartola.

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Vasco

Atualmente, o Almirante é conhecido como o principal mascote do Vasco. Criado pelo cartunista argentino Lorenzo Molas em 1944, ele foi inspirado no navegador português Vasco da Gama, que batizou o clube. 

O uso do Almirante como mascote do Vasco aconteceu em virtude de Molas utilizá-lo frequentemente nas charges do Jornal dos Sports. A figura, de tão disseminada, fez sucesso na torcida vascaína e se tornou representante oficial do clube. 

Outros mascotes

A inspiração para o mascote do Bahia saiu das histórias em quadrinhos. Quem representa o Esquadrão é o “Homem de Aço”, em alusão ao Super-Homem. A ideia surgiu do cartunista Ziraldo, que notou semelhança entre as cores do clube e do super-herói. 

O Botafogo, por sua vez, tem uma relação curiosa com mascote, pelo fato de ter tido mais de um em sua história. O mais tradicional é o Manequinho, uma estátua de um menino urinando. 

A relação com o clube surgiu em 1957, após um torcedor vestir o monumento com a camisa alvinegra em comemoração ao título carioca. 

Desde 2021, o Botafogo utiliza o Bira e o Biriba como mascotes oficiais. Os personagens fazem referência ao cachorro Biriba, que se tornou amuleto da conquista do Carioca de 1948. 

O presidente do clube à época, Carlito Rocha, levou o animal para 19 jogos da competição, e o Fogão venceu 17 e empatou 2. 

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Mascotes na cultura do futebol

Os mascotes estão diretamente ligados à cultura do futebol. Eles são responsáveis por dar identidade aos clubes e animarem suas torcidas. 

Além disso, constituem-se como uma alternativa de fonte de renda através da comercialização de produtos, como uma forma de agregar valor à marca