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História do Flamengo na Taça Libertadores: Entendendo a tradição da equipe na competição

<p>Marcelo Cortes/Flamengo</p>

Marcelo Cortes/Flamengo

O Flamengo é favorito em qualquer competição que disputa em função do patamar esportivo que atingiu nos últimos anos. 

E não foge à regra na Taça Libertadores. Prova disso é que esteve em três finais do torneio no intervalo de 2019 a 2022, com saldo de dois títulos. 

O clube, na verdade, é tricampeão da América. As conquistas de 1981, 2019 e 2022 reservam vitórias memoráveis, jogadores icônicos e momentos inesquecíveis para a torcida rubro-negra. 

O primeiro título do Flamengo na Libertadores

Foi em 1981 que o Flamengo se tornou campeão da Taça Libertadores pela primeira vez. Com um elenco recheado de estrelas como Zico, Nunes, Júnior e Leandro, o rubro-negro carioca desbancou o Cobreloa na grande final e pôde, enfim, comemorar a Glória Eterna. 

A edição da Libertadores de 1981 contou com a participação de 21 equipes, distribuídas em cinco grupos com quatro times em cada. Apenas o líder de cada chave avançava e ia direto para a semifinal. 

Na primeira fase, Flamengo e Atlético-MG empataram na liderança e, pelo regulamento, tiveram que fazer um jogo de desempate em campo neutro. 

O local escolhido foi o Serra Dourada, em Goiás. O curioso é que o embate não terminou em campo. Isso porque o Atlético teve cinco expulsões ainda no primeiro tempo, e o juiz encerrou o duelo. A Conmebol declarou vitória do Flamengo. 

A fase semifinal da Libertadores foi dividida em duas chaves com três times. Além dos classificados, havia a inclusão do campeão da edição anterior em um dos grupos. 

O Flamengo passou sem sustos. Venceu o Deportivo Cali e o Jorge Wilstermann e rumou para a finalíssima. 

A grande decisão da Libertadores era no formato melhor de três. No confronto de ida, o Flamengo venceu por 2 a 1 no Maracanã, com dois gols de Zico. 

O jogo da volta foi vencido pelo Cobreloa por 1 a 0. Sendo assim, a grande decisão foi disputada no Estádio Centenário, em Montevidéu. Dentro das quatro linhas, deu Flamengo: vitória por 2 a 0, novamente com gols de Zico. 

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A conquista mais recente

O Flamengo se tornou tricampeão da Taça Libertadores em 2022. O título, aliás, veio em grande estilo: o time rubro-negro ganhou o principal torneio do continente de forma invicta. Antes, já havia levantado a taça em 1981 e 2019. 

A campanha do Flamengo na Taça Libertadores de 2022 se resume à soberania. Classificou-se facilmente na fase de grupos, com retrospecto de cinco vitórias e um empate. 

No mata-mata, não foi diferente. A equipe comandada por Dorival Júnior não tomou conhecimento dos adversários e eliminou respectivamente Tolima, Corinthians e Vélez Sársfield. 

Na decisão, o Flamengo encarou o Athletico-PR e venceu por 1 a 0, com gol do predestinado Gabriel. Além do título, o Mengo teve o artilheiro da competição: Pedro, com 12 gols. 

Momentos inesquecíveis na competição 

A jornada de Tricampeão da América do Flamengo é repleta de momentos memoráveis. A começar, claro, pelo jogo de desempate contra o Cobreloa na final de 1981. 

O confronto foi cercado pela típica catimba inerente à competição, que já havia dado a tônica nos dois primeiros confrontos. 

Disputado em solo uruguaio, no Estádio Centenário, o duelo foi vencido pelos cariocas por 2 a 0, com gols marcados pelo ídolo Zico. O Galinho, inclusive, foi eleito o craque da Taça Libertadores. 

O bicampeonato da Taça Libertadores pelo Flamengo só ocorreu 38 anos após a primeira glória. Não é clichê afirmar que o jogo marcante da campanha de 2019 ocorreu justamente na final. O enredo fala por si só.

O Flamengo perdia por 1 a 0 até os últimos minutos da finalíssima diante do River Plate. O gol de empate saiu aos 43 do segundo tempo, e a virada veio somente nos acréscimos. 

Os tentos foram marcados por Gabriel, que terminou como artilheiro da Taça Libertadores. Um jogo, sem dúvidas, inesquecível para os milhares que compõem a massa rubro-negra. 

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Ídolos do Mengão na Libertadores

A rica história centenária do Flamengo passa por nomes que firmaram um legado no clube. Não foi diferente nas conquistas da Taça Libertadores. Por isso, há de destacar quem de fato chamou a responsabilidade e foi protagonista nas campanhas vitoriosas. 

Não tem como falar do título de 1981 sem mencionar a estrela de Zico. É bem verdade que o Flamengo possuía um time repleto de grandes jogadores, mas o Galinho era diferente. 

Zico foi destaque da geração vitoriosa do Flamengo. O eterno camisa 10 da Gávea foi fundamental na campanha do primeiro título rubro-negro da Libertadores. 

Foi artilheiro e craque da competição, com 11 gols marcados. Na final, não fugiu do roteiro. Teve atuação de gala. Fez os dois gols da vitória e, no fim, ergueu a taça mais desejada do continente. 

Assim como não dá para dissociar Zico do título de 1981, também não dá para ignorar a idolatria de Gabriel nas conquistas de 2019 e 2022. 

Maior artilheiro brasileiro na Taça Libertadores, o Gabigol, como é conhecido, marcou gols em todas as finais que disputou. 

Fez dois contra o River Plate, em 2019, e o tento solitário que deu a vitória sobre o Athletico-PR na disputa de 2022. 

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Legado do Flamengo na Libertadores 

As conquistas recentes do Flamengo na Taça Libertadores o credenciam como favorito nas edições seguintes. 

Além dos troféus de 2019 e 2022, o clube bateu na trave em 2021: perdeu para o Palmeiras por 2 a 1 na decisão. 

Detentor da maior torcida do Brasil de acordo com a pesquisa do Instituto Atlas em 2023, o Flamengo voltou a ser protagonista nas competições a partir de 2019. Tanto no âmbito nacional quanto no internacional. 

A quantidade expressiva de títulos num curto espaço de tempo o coloca novamente no topo do favoritismo do futebol brasileiro.