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Os Maiores Clássicos do Mundo: Rivalidades Épicas que Movem Multidões

<p>Foto: Fayez Nureldine/AFP</p>

Foto: Fayez Nureldine/AFP

Você sabe quais são os maiores clássicos do mundo? Os clássicos simbolizam a pura rivalidade esportiva, que surge por diversos motivos. O principal é a localidade, mas existem outros fatores: contexto histórico, disputa por títulos…

São partidas que param um bairro, uma cidade, um estado, um país e até mesmo o mundo, a depender da magnitude do confronto – ainda mais na atual era do “futebol globalizado”. 

O requisito básico para o surgimento de uma rivalidade consiste em dois times serem sediados próximos. Como tal, há uma “rixa” em cada esquina. Mas não é só isso, claro.

Neste artigo, selecionamos alguns dos maiores clássicos do futebol mundial. Vamos mostrar as rivalidades épicas que movem multidões e o porquê delas existirem. 

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Análise dos maiores clássicos do mundo e suas rivalidades históricas

Real Madrid x Barcelona

O maior clássico do mundo é praticamente um consenso. Trata-se do duelo entre os espanhóis Real Madrid e Barcelona, dois dos maiores clubes do planeta. 

São equipes multicampeãs, com torcedores espalhados por todo o globo e que dispõem dos melhores jogadores no elenco. O famoso “El Clásico” é um evento mundial.  

A origem do antagonismo remonta à Guerra Civil. O Real representava o poder centralizador de Madrid, já o Barça retratava o desejo de independência da Catalunha.

É uma questão política que permeia os gramados e mexe com os ânimos dos torcedores. Aliado a isso, o sucesso esportivo e financeiro dos times consolidaram o status do clássico. 

Boca Juniors x River Plate

Mais de 70% da Argentina torce para River Plate ou Boca Juniors. Daí se tira a dimensão do Superclásico, que gera repercussão para além do próprio país. 

Os clubes têm origem no mesmo bairro, o La Boca. Acontece que o River precisou se mudar e, hoje, é situado no bairro de Belgrano. A rivalidade seguiu mesmo assim. 

Com a mudança, o River Plate ganhou um ar elitista. Tanto que é conhecido como os ‘Millionarios’, enquanto o Boca passa uma imagem mais popular, massiva. 

Os encontros entre os times chamam a atenção pela energia das duas torcidas nos estádios, como também pelo tradicional clima hostil dentro de campo. 

Jogador do Boca Junior conduzindo e passando no meio de dois marcadores do River Plate.

Foto: Alejandro Pagni/AFP

Celtic x Rangers

Os escoceses Celtic e Rangers protagonizam uma das rivalidades mais antigas do mundo e talvez seja o confronto que mais transcende o futebol. 

O ‘Old Firm’, como o clássico é conhecido, reúne católicos contra protestantes, trabalhadores contra burgueses, republicanos contra nacionalistas. 

O confronto concentra tudo aquilo que, no ditado popular brasileiro, não se discute: futebol, religião e política. Em consequência disso, vários conflitos já aconteceram. 

Tudo isso reverbera nos gramados, uma vez que os encontros entre os clubes são sempre marcados por muita tensão. 

Jogador do Celtic, com máscara branca na cara, conduzindo a bola enquanto jogador adversário tenta desarmá-lo.

Foto: Andy Buchanan/AFP

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Grêmio x Internacional

Para muitos, Grêmio e Internacional fazem o maior clássico do Brasil. É o duelo que divide o estado do Rio Grande do Sul em azul e vermelho. 

O jogo em si é um universo paralelo, onde o que mais importa é vencer o rival. O contexto é irrelevante frente à rivalidade. Afinal, “Grenal é Grenal”. 

É o clássico mais pegado, disputado e acirrado do futebol brasileiro. 

Outros clássicos

Cada clássico tem sua relevância dentro do futebol. Citar os maiores é uma tarefa subjetiva e que divide opiniões. 

Além dos já mencionados, outros merecem destaque: United x Liverpool, Galatasaray x Fenerbahçe, Milan x Inter, Corinthians x Palmeiras, Flamengo x Fluminense… 

Jogador do Grêmio conduzindo a bola enquanto marcador do Internacional tenta roubá-la.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

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A paixão e o envolvimento dos torcedores nos grandes clássicos internacionais

O clima de emoção e forte vibração reinante nas torcidas é um verdadeiro show à parte durante os clássicos. 

O embate se estende para as arquibancadas e cria uma atmosfera especial para um jogo que realmente é diferente. 

Os torcedores acordam mais ansiosos, vestem o manto e contam os minutos para a bola rolar quando é dia de clássico. 

E isso independe de país, cultura, rivalidade, contexto. São características próprias que as rivalidades carregam consigo. 

Os confrontos levam o torcedor a sentimentos extremos. Os triunfos repercutem mais, enquanto as perdas atordoam mais. 

Torcedores com as cores azul e amarelo levantando uma bandeira com a letra "B" escrita em vermelho.

Foto: Luis Robayo/AFP

A influência dos clássicos no desempenho dos clubes e no futebol mundial

Os clássicos são aqueles jogos em que não existe favoritismo, independentemente da situação dos clubes que se enfrentam. 

A motivação é maior, o fator anímico aumenta, a gana pela vitória… tudo isso influencia e torna essas partidas mais equilibradas. 

A verdade é que, no fim das contas, um rival contribui para o desenvolvimento do outro. Eles próprios se utilizam como parâmetro. 

Assim, pode perceber que as rivalidades são inerentes ao futebol e parte importante da sua formação, movendo multidões pelo mundo. 

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Considerações finais

As rivalidades esportivas guardam relação com questões territoriais, políticas e históricas, o que influenciam na escolha de um indivíduo por um clube de futebol. 

Na essência, os clássicos são extremamente saudáveis ao futebol e integram a magia do esporte, com partidas que possuem características próprias e singulares. 

O problema é que, por vezes, os ânimos aflorados de torcedores e jogadores durante esses encontros geram conflitos violentos, seja dentro ou fora dos estádios. 

Parafraseando o ‘Blog do Milan’, os clássicos dão ou tiram o sossego do torcedor que está sempre próximo de um amigo, parente ou colega que torce para o rival. 

E desta rivalidade sobrevive o futebol, desta rivalidade o torcedor tira o sentimento de sempre querer ganhar.

E deste sentimento perdura o propósito em estar sempre acompanhando os jogos, para “zoar e ser zoado”.