Vôlei

Com foco em Paris, Seleções de Vôlei iniciam trabalhos e sonham com o ouro

<p>Mauricio Val/FVImagem/CBV</p>

Mauricio Val/FVImagem/CBV

Disputa do vôlei na Olimpíada de Paris começa em 27 de julh0

Já começou a temporada de seleções no vôlei. Os primeiros jogadores da Seleção Masculina se apresentaram em Saquarema, na noite desde domingo (21), dia que também marcou o último compromisso da temporada de clubes no feminino, com o fim da Superliga. Agora, o foco já está em Paris.

A apresentação dos primeiros jogadores da Seleção Masculina envolveu apenas nomes que atuam em equipes já eliminadas na Superliga, como os conhecidos Lucão, Isac, Otávio e Maique e os novatos Arthur Bento, Daniel Muniz e Paulo. Sob comando de Bernardinho, o grupo iniciou o trabalho que vai passar pela Liga das Nações (VNL) e pelos Jogos Olímpicos.

Para a Seleção Feminina, a apresentação será na quarta-feira (24). O time de Zé Roberto Guimarães já deve começar a preparação com um elenco mais bem esboçado no início dos treinos para a VNL. A convocação para os treinos está sendo anunciada em partes, mas Gabi Guimarães, Lorenne, Macris, Diana, Rosamaria e Júlia Bergmann já foram confirmadas.

Radamés Lattari, presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) repercutiu esse calendário. “Elas jogam final da Superliga no domingo e o Zé Roberto faz a apresentação da Seleção na quarta-feira. Então, você vê que essas jogadoras e esses jogadores são máquinas de jogar voleibol”.

As chances do Brasil em Paris-2024

O mandatário seguiu analisando as chances do Brasil na temporada. “Na minha opinião, no voleibol mundial existe um grande equilíbrio entre seis, oito equipes, e o Brasil está no bolo dessas equipes, tanto no masculino, quanto no feminino. Você faz o seu melhor trabalho, mas não tem a certeza de qual colocação vai atingir. Nós fazemos todo o possível, desde que terminou a Olimpíada de Tóquio, todo o trabalho foi pensando na próxima Olimpíada”.

Assim, em meio a um ciclo mais curto, Lattari elogiou o trabalho de desenvolvimento das seleções nesse meio-tempo. “É um ciclo atípico. Nós tivemos três anos de preparação em que tanto o Zé Roberto, quanto o Renan (Dal Zotto) e, agora, o Bernadinho tiveram a oportunidade de desenvolver um trabalho que culmina com os Jogos de Paris. A gente tem certeza de que o Brasil vai chegar muito bem preparado, não só na quadra, como na praia para tentar brigar por medalhas”.

O auxiliar técnico da Seleção Feminina, Paulo Coco, também comentou sobre as expectativas para Paris. “Eu acho que a gente tem que sonhar grande. A gente vem fazendo um grande trabalho, nas últimas competições batendo na trave, chegamos a praticamente todas as finais: VNL, a última Olimpíada, o Mundial, e perdemos na final. Agora é trabalhar, acreditar muito que é possível”.

Coco, que foi vice-campeão da Superliga no comando do Praia Clube, continuou, mostrando otimismo com a temporada. “A gente tem grandes adversários, mas a gente pode fazer um grande trabalho, quiçá brigar por uma medalha e sonhar com uma medalha de ouro. Retomar mais uma grande conquista. A gente sabe que não é fácil, mas precisamos pensar grande”.

O futuro das seleções

O comando da Seleção Masculina mudou há pouco tempo. Em outubro passado, após conquistar a classificação olímpica, o treinador Renan dal Zotto anunciou, ainda em quadra, o seu desligamento da equipe por motivos de saúde. Para o seu lugar, alguns meses depois, a CBV oficializou o retorno de Bernardinho.

Questionado sobre a possibilidade do treinador bicampeão olímpico (Atenas-2004 e Rio-2016) continuar à frente do time para o ciclo de Los Angeles-2028, Lattari deixou o futuro em aberto. “O Renan, infelizmente, por motivos de saúde, precisava se cuidar, nos deixou. O Bernadinho era a pessoa de maior experiência e a opção que nós considerávamos a melhor no momento. Vamos primeiro realizar os Jogos de Paris e, depois, pensar no no futuro”.

Nesse cenário, inclusive, o mandatário incluiu o nome de Zé Roberto Guimarães nessa indefinição, com foco no trabalho integrado que ambos exercem nas seleções. “Até porque, tanto o Bernadinho, quanto o Zé Roberto, exercem uma liderança como coordenadores de todas as seleções e são duas pessoas que já estão, com os treinadores de base, pensando nos trabalhos de 2028 e 2032. Agora, de que forma eles vão ocupar, eu ainda prefiro aguardar os Jogos de Paris e depois conversar com os dois”.

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