Vôlei

Minas supera Praia Clube e vence Superliga pela 6ª vez

<p>Léo Caldas/CBV</p>

Léo Caldas/CBV

Dupla mineira fez a final pelo 5º ano seguido

As campeãs estão de volta. Depois de ficar com o vice no ano passado, o Gerdau Minas retornou ao lugar mais alto do pódio da Superliga Feminina de Vôlei e garantiu a sua 6ª taça nacional. O título foi garantido em vitória sobre as maiores rivais, Dentil Praia Clube, no Recife, por 3 sets a 1 (25-23/21-25/25-16/25-21).

Essa foi a 12ª final do time de Belo Horizonte na história do campeonato nacional. Nessa jornada, a equipe garantiu o título em 1993 (ainda nos tempos de Campeonato Brasileiro, antes da Superliga), 2002, 2019, 2021, 2022 e, agora, 2024. Os vices foram em 1981, 1992, 2000, 2003, 2004 e 2023. Do lado praiano, esse foi o 5º vice em sete finais. Campeã em 2018 e 2023, a equipe perdeu as finais em 2016, 2019, 2021, 2022 e 2024.

As duas equipes chegaram desacreditadas na fase decisiva da Superliga, após campanhas abaixo das expectativas na 1ª fase do campeonato, mas cresceram na reta final e protagonizaram a final pela 5ª temporada consecutiva. O Minas foi 3º, mas cresceu nos playoffs e superou Fluminense e Osasco, enquanto o Praia Clube, 4º, fez o mesmo e deixou Sesi Bauru e Sesc Flamengo pelo caminho.

Em quadra, o principal diferencial do jogo esteve nos bloqueios, com um Minas muito superior no fundamento, com Júlia Kudiess (cinco pontos no block), Thaísa e Peña (melhor jogadora em quadra e maior pontuadora do jogo, com 23) como destaques. Do lado praiano, a maior pontuadora foi Kuznetsova, com 17.

Gerdau Minas x Dentil Praia Clube

O 1º set começou equilibrado e em alto nível: ponto lá, ponto cá. Com dois times apostando na intensidade no ataque pelas pontas e errando pouco, a igualdade se manteve até o 15-15, quando o Minas cresceu no block e abriu vantagem pela 1ª vez no 17-15. No saque de Júlia Kudiess, a vantagem minastenista subiu para 21-18 e o time de BH teve o ponto do jogo no 24-21, mas errou em dois lances seguidos e abriu espaço para uma reação – que não veio. 25-23, com Julia Kudiess, de cheque, fechando a parcial.

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Depois de passar o 1º set inteiro sem pontuar no bloqueio, o Praia Clube já abriu a 2º parcial com Kuznetsova subindo o muro para Thaisa. No 3-2, a russa voltou a fazer algo inédito, no 1º ponto de saque do time. Com os fundamentos mais ajustados, as praianas abriram 5-3, mas sofreram com o block do Minas, que buscou o 8-8 e virou no 11-9 – a primeira de uma série de viradas no set.

Na sequência, as azuis abriram 15-12 – mas com dois ataques seguidos para fora, o empate veio no 16-16 e o Praia buscou o 21-18, cresceu no blocks e viu o time de BH errar mais para definir o 25-21 a favor das amarelas, com uma bola de segunda de Claudinha.

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A largada do 3º set foi marcada pelos erros. Melhor para o time que pecou menos: o Minas saltou na frente no 9-5, em uma boa sequência de saques de Pri Daroit. As praianas tentaram reagir, mas seguiu abusando dos erros, com seis saques na rede ou para fora ao longo do saque, além de ataques para fora, na rede e erros de levantamento.

Assim, ficou fácil para as belo-horizontinas administrarem o placar, crescer no jogo e fechar com um tranquilo 25-16 no ace de Yonkaira Peña.

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Com 2-1 a favor, o Minas entrou no 4ª set com a chance do título e conseguiu começar melhor, abrindo 9-6. Na largada, os erros pesaram contra o time de Uberlândia, mas as amarelas se recuperaram e buscaram o 10-10 no saque de Claudinha. A partir daí,  jogo seguiu equilibrado: as azuis cometeram mais erros, mas compensaram com um desempenho melhor no bloqueio.

Assim, ninguém conseguiu consolidar a vantagem até o fim da parcial, quando o Gerdau Minas encaixou uma boa sequência no ataque e no saque para abrir 22-19 e fechar o set – e a Superliga – em 25-21, em ataque decisivo de Thaísa para o título.

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