Sul-Americano de Vôlei
Vôlei: Minas vira sobre Praia Clube e é pentacampeão do Sul-Americano
Time de Belo Horizonte venceu rivais no tiebreak
A final pão de queijo terminou com título do Minas Tênis Clube mais uma vez. Na decisão do Sul-Americano de Vôlei Feminino, o time de BH garantiu o seu quinto título continental – o terceiro em cima do Praia Clube. Neste domingo (18), em Bauru, a decisão foi em um jogo nervoso, com o título sendo definido de virada, no tiebreak (24-26/16-25/25-19/25-22/15-11)
Nos últimos anos, as finais entre Praia Clube e Minas Tênis Clube se tornaram algo muito frequente no cenário do vôlei brasileiro. Mas as amarelas vinham em um momento de hegemonia, superando as rivais nas decisões do Sul-Americano, da Superliga e do Mineiro no ano passado. A última taça do Minas sobre o Praia tinha sido na Copa do Brasil, em março de 2023.
Esse foi o quinto título continental do Gerdau Minas. Antes, as azuis já tinham chegado a outras oito finais, com títulos em 2018 (sobre o Sesc/Flamengo), 2019, 2020 e 2022 (sobre o Praia), e vices em 1976 (para o Gimnasia y Esgrina-ARG), 1992 (São Caetano), 2021 e 2023 (Praia). Agora, o time de Uberlândia soma dois títulos e quatro vices no Sul-Americano.
Esse foi o 20º título consecutivo para uma equipe do Brasil e o quarto ano seguido com um pódio inteiramente brasileiro, já que o Sesi Bauru venceu o Regatas Lima, de Peru, mais cedo e garantiu o 3º lugar. Por chegarem à final, Minas e Praia também garantiram as vagas para representar a América do Sul no Mundial de Clubes, que deve acontecer no fim do ano.
Dentil Praia Clube x Gerdau Minas
O 1º set começou bem equilibrado pelos erros. Com dois times nervosos, Praia e Minas tiveram dificuldade para se encaixar o jogo e viram a igualdade perdurar por toda a parcial. Mas quando alguém ameaçava tomar uma vantagem, eram as praianas, que abriram 24-21 e desperdiçaram três set points, mas fecharam no quarto, selando o 26-24.
Na volta à quadra, o Praia Clube seguiu melhor e soube aproveitar mais as falhas do time da capital, que apostava em uma inversão de 5×1 que vem gerando polêmica entre a torcida nos últimos jogos. Assim, o time abriu 7-2 e 10-3 logo no começo do set e trabalhou bem a vantagem para fechar a parcial em 25-16.
Mas a reação azul chegou no 3º set. O Minas entrou mais ligado em quadra e logo abriu 7-1, aproveitando bem os contra-ataques, encaixando o bloqueio de Júlia Kudiess (melhor no jogo e MVP da competição) e dificultando as bolas do Praia Clube, que viu seu aproveitamento cair. As amarelas até reagiram no fim do set, diminuindo a desvantagem de oito para quatro pontos, mas não conseguiram evitar a derrota por 25-19.
Embalado, o Minas ensaiou uma vantagem no 4º set, mas já encontrou adversárias ligadas, sem espaço para um placar tranquilo. Assim, o jogo viveu seu ápice técnico e o Praia Clube conseguiu equilibrar as ações e passar à frente no placar. A partir daí, as duas equipes se alternaram na liderança do placar, mas o saque de Peña fez a diferença no fim e o Minas conseguiu fechar em 25-22.
Assim, a definição das campeãs foi para o tiebreak e o Minas entrou com todo o gás para já abrir o set decisivo com um 5-0. O Praia Clube até buscou a diferença, mas as minastenistas seguiram melhor em quadra, erraram menos e conseguiram fechar a última parcial (e garantir o pentacampeonato) com um dominante 15-11.