Vôlei
Antes da final, presidente da CBV comemora sucesso da Superliga e projeta final de alto nível
Decisão acontece às 10h deste domingo (21)
Depois quase seis meses de intensas disputas, a final da Superliga Feminina de Vôlei chegou. Neste domingo (21), Gerdau Minas e Dentil Praia Clube decidem o título mais uma vez, no Recife, e a expectativa está elevada, como revelou o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei, CBV, Radamés Lattari.
Às vésperas da decisão, o mandatário da CBV conversou com o Click Esportivo e comentou sobre a nova final pão de queijo. “A expectativa é de um grande espetáculo. As duas equipes, nos últimos cinco anos, vem alternando conquistas e essa é mais uma decisão imprevisível, é difícil apontar um favorito. São duas das maiores equipes do vôlei brasileiro nos últimos anos. Tenho certeza que quem tiver a oportunidade de assistir os jogos pessoalmente ou assistir pela televisão, vai sair satisfeito pelo grande espetáculo”.
A rivalidade que vem se intensificando a cada ano entre minastenistas e praianas já rendeu muitos títulos para os dois lados. As equipes fizeram a final das últimas quatro edições de Superliga, com três títulos do Minas e um para o Praia, e vão para a 5ª final entre si nesta temporada, depois dos títulos azuis na Supercopa e no Sul-Americano e dos amarelos no Mineiro e na Copa Brasil. Esta será a 28ª final pão de queijo.
Com esses trabalhos consolidados, Lattari elogiou os dois elencos. “A equipe do Praia, muito bem treinada pelo Paulo Coco, que é de Olinda, tem inúmeras jogadoras que fazem bem a qualquer time: Adenízia, Tainara, Natinha, Claudinha. O Minas é uma equipe muito bem treinada pelo italiano Nicola Negro, tem Thaisa, Kisy, Pri Daoit, Nyeme, Carol Gattaz, Julia Kudiess, enfim, uma infinidade também de grandes jogadoras”.
Essas 10 jogadoras foram incluídas na lista de 30 nomes inscritos pelo treinador da Seleção Brasileira, José Roberto Guimarães, para as disputas da Liga das Nações de Vôlei, a VNL. Saindo da Superliga, várias delas já embarcam para a última competição antes dos Jogos Olímpicos.
O sucesso da Superliga
Restando apenas esse jogo para encerrar temporada de clubes 2023/24 para o naipe feminino, Radamés Lattari também comentou sobre a temporada e o futuro do vôlei brasileiro. Ele começou comemorando os bons números: “Acho que o maior sinal do sucesso da nossa Superliga são os sucessivos recordes de audiência que a Superliga vem batendo. Isso demonstra que o público está acompanhando”.
No início do mês passado, números do Kantar Ibope Media revelaram um aumento de 16% na audiência do vôlei nacional na tv paga, em relação à temporada passada da Superliga. Isso significa um alcance acima de 8 milhões de pessoas apenas pelo SporTV, em um aumento de cerca de um milhão de torcedores.
Outra marca de sucesso, porém é a formação de atletas, como citou Lattari. “Toda vez que nossos grandes jogadores vão para o exterior, a gente lamenta que eles estejam lá, mas isso abre espaço para que novos valores surjam. Tem o caso do Darlan, que surgiu junto com vários jogadores jovem, Arthur Bento, Lukas Bergmann, jogadores que aproveitam esse espaço e se tornam o futuro do vôlei brasileiro. No feminino é a mesma coisa, jogadoras como a Luzia e a Helena, que vem se destacando e vão ter um futuro muito grande”.
Assim, o presidente da CBV concluiu reforçando o trabalho de longo prazo e sendo taxativo. “Isso faz com que a gente fique feliz, porque nós já estamos trabalhando também pensando nos jogos de 2028 e 2032. Essas jogadoras, Ana Cristina, Júlia Kudiess, são o futuro do vôlei brasileiro”.