Champions League

Chelsea FC: A História do Clube de Londres

<p>Foto: Wikimedia commons</p>

Foto: Wikimedia commons

Todo aficionado por futebol sabe que a Inglaterra é o berço do esporte. De lá, surgiram grandes equipes que viriam a se tornar potências mundiais. 

Dentre elas, estava o Chelsea. Os blues tiveram um passado modesto, mas viram tudo mudar no Século XXI. Conheça a história da equipe londrina. 

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Conheça a história do Chelsea 

Fundado em 10 de março de 1905, a história do Chelsea começou bem antes, ainda no século XIX, quando os irmãos Gus e Joe Mears adquiriram o estádio Stamford Bridge, atual casa dos Blues. 

A compra foi efetuada em 1896, mas os novos proprietários só tomaram posse oito anos depois, em 1904, devido às leis vigentes na época. 

A ideia inicial era de que o Fulham mandasse seus jogos no estádio, mas as partes divergiram na hora de estabelecer a divisão da renda. 

Sem acordo, os irmãos cogitaram vender o imóvel, mas foram demovidos da ideia e, mais do que isso, foram incentivados pelo amigo Fred Parker a fundar um clube para utilizar a praça desportiva. Surgia então o Chelsea Football Club. 

 Os primeiros anos da história do Chelsea e a interrupção causada pelas guerras  

O primeiro jogo oficial da história do Chelsea ocorreu em 2 de setembro de 1905, diante do Stockport County, pela Segunda Divisão inglesa, onde acabou sendo derrotado. 

A primeira vitória do clube londrino veio em amistoso diante do Liverpool. O placar final da partida foi 4 a 0 para os Blues. 

Na primeira década da história do Chelsea, o clube oscilaria bastante entre a primeira e a segunda divisão nacional. Até que a liga foi interrompida em 1915 pela Primeira Guerra Mundial. 

Na temporada em questão, a equipe seria novamente rebaixada à segunda divisão. 

Contudo, após o fim da guerra, a primeira temporada completa foi realizada em 1919-1920 e o Chelsea foi convidado a disputar a principal divisão do país. 

Os Blues começaram a se popularizar em Londres e no resto do país. Tanto que, em 1935, o clássico contra o Arsenal registrou o maior público da história do clube em Stamford Bridge: 82.905 espectadores. 

No final da década de 30, a liga inglesa é novamente interrompida. Desta vez, a Segunda Guerra Mundial causaria um novo hiato na liga. O retorno aconteceria em meados da década de 40 e marcaria a volta de um Chelsea mais forte.

 Os primeiros títulos do Chelsea 

A espera por uma conquista oficial durou quase meio século para os torcedores do Chelsea. Com um elenco recheado de jovens formados nas categorias de base do clube, os Blues surpreenderam ao conquistar o Campeonato Inglês na temporada 1954-1955. 

O time era comandado por Ted Drake, ex-atacante do Arsenal, seu rival histórico. Ainda em 1955, o Chelsea conquistou também sua primeira Supercopa da Inglaterra.  

Os 50 anos seguintes a essas conquistas reservavam poucos títulos de relevância para a equipe. 

Nas cinco décadas restantes, foram conquistados apenas três Copas da Inglaterra e duas Copas da Liga Inglesa. 

Enquanto isso, equipes como Manchester United e Liverpool empilhavam taças e ganhavam aceitação popular cada vez maior. 

Mas, tudo isso mudaria em 2003.

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 A venda do Chelsea para Roman Abramovich  

Vivendo uma grave crise financeira, o Chelsea foi vendido para Roman Abramovich, um bilionário russo que assumiu o clube e sua gigantesca dívida (rapidamente paga). 

Em sua primeira temporada no comando dos Blues, o russo trouxe nomes de peso para seu elenco: Makelelé, Verón e Crespo puxaram a fila dos reforços. 

A injeção de ânimo (e dinheiro) rapidamente surtiu efeito: o Chelsea foi vice-campeão da Premier League, melhor posição desde o título em 1955. 

Na temporada seguinte, Abramovich substituiria o então treinador Claudio Ranieri pelo jovem José Mourinho, que acabara de conquistar a Champions League pelo Porto. 

Junto com o técnico, uma leva de jogadores que haviam se destacado na Eurocopa de 2004. Nomes como Cech, Robben, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho além de um marfinense pouco conhecido, mas que viria a entrar na história do clube: Didier Drogba. 

Já na temporada 2004-05, o Chelsea voltaria ao topo do futebol inglês. Mourinho conduziu sua equipe, orquestrada dentro de campo pelo jovem Frank Lampard, ao título da Premier League, além da conquista da Copa da Liga Inglesa. 

No ano seguinte, viria o bicampeonato consecutivo e inédito na história do clube. O Chelsea definitivamente se colocava na primeira prateleira do futebol inglês. 

 O Chelsea conquista sua primeira Champions League 

O ano era 2012 e o Chelsea havia se habituado a conquistar títulos. Na ‘Era Abramovich’, já eram três taças da Premier League, quatro Copas da Inglaterra e uma Taça da Liga Inglesa. 

Mas, diante do novo cenário do clube, uma nova conquista povoava o imaginário do clube londrino: a conquista da Liga dos Campeões da Europa (Uefa Champions League). E ela viria sob a batuta de um técnico improvável. 

Àquela altura, já haviam passado pelo comando técnico da equipe, nomes como José Mourinho, Guus Hiddink, Avram Grant e Carlo Ancelotti. Mas, nenhum deles foi capaz de levar o Chelsea ao topo da Europa. 

Aprouve ao interino Roberto Di Matteo a missão de marcar de vez o nome do clube entre os campeões continentais. 

Com um elenco contestado, o Chelsea chegou à final da edição 2011-12 da Champions League diante do todo-poderoso Bayern, amplamente favorito ao título, disputado em sua casa, a Allianz Arena. 

Defendendo-se bem e lançando-se à frente apenas por meio de contra-ataques, o Chelsea conseguiu um empate no tempo normal e na prorrogação e, apenas nos pênaltis, conseguiu derrotar os bávaros. 

Finalmente, os Blues entravam para o seleto rol de campeões europeus. 

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Os últimos títulos ingleses do Chelsea e a nova conquista da Champions League  

Os anos que sucederam a conquista da Liga dos Campeões foram de oscilação e mudança no elenco do Chelsea. 

De 2012 até os dias atuais, os Blues conquistaram mais duas edições da Premier League (2014-15 e 2016-17), e duas taças da Liga Europa (2012-13 e 2018-19). 

Após a era vitoriosa, o clube viu ídolos como Cech, Drogba, Lampard e Terry tomarem outros destinos antes de se aposentarem. Definitivamente, havia uma nova era em Stamford Bridge. 

Quase 10 anos após a primeira conquista da Champions League, o Chelsea conquistou pela segunda vez a tão sonhada taça. 

Desta vez, pelas mãos do talentoso e promissor Thomas Tuchel, que havia feito história no comando do Borussia Dortmund e havia se desligado do PSG menos de um mês antes. 

No comando dos Blues, bateu o poderoso Manchester City de Pep Guardiola na final da Liga dos Campeões e levou a ‘Orelhuda’ (como é chamada a taça) para Londres novamente. 

Sem grandes astros do futebol internacional, o coletivo mais uma vez prevaleceu. A solidez de uma defesa formada por Azpilicueta, Thiago Silva e Rudiger e a juventude de uma ataque composto por Mount, Werner e Havertz (autor do gol do título) foram a fórmula do triunfo azul. 

O Chelsea estava no topo da Europa mais uma vez. 

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Foto: Divulgação/Chelsea

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O fim da Era Abramovich e o novo dono do Chelsea  

Menos de um ano após o bicampeonato europeu, uma mudança drástica viria a acontecer no Chelsea. 

Devido a guerra entre Rússia e Ucrânia, o governo britânico fez fortes sanções a Roman Abramovich, então dono do Chelsea, por causa de sua ligação com o presidente russo Vladimir Putin.

O clube estava proibido de vender ingressos, transferir jogadores e renovar contratos. 

Diante da pressão, o bilionário russo não viu outra alternativa senão vender o clube, para seu próprio bem. 

Durante três meses, a agremiação permanecerá à venda, até ser enfim adquirida por Todd Boehly e pelo grupo Clearlake Capital. 

Sob seu comando, o clube viveu a pior temporada dos últimos 30 anos, terminando na 12ª posição na Premier League. 

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 Lendas do Chelsea: grandes técnicos e jogadores que passaram pelo clube 

Do começo modesto ao crescimento na popularidade, o Chelsea uma vasta galeria de ídolos em sua centenária história. 

No século XX, ninguém menos que Jimmy Greaves, o maior artilheiro da história do futebol inglês, emprestou seu talento aos Blues. 

Além dele, nomes como Peter Osgood, Ron Harris e Bobby Trambling, além do goleiro Peter ‘The Cat’ Bonetti, marcaram seu nome em Stamford Bridge. 

A partir dos anos 90, outros atletas e treinadores viriam a entrar para a história do Chelsea. Zola, Gullit, Cech, Lampard, Terry e Hazard, entre os jogadores, e Mourinho, Ancelotti e Thomas Tuchel, entre os técnicos, também possuem espaço especial na memória dos azuis-reais de Londres.