Barcelona
Barcelona FC: mais que um clube, uma revolução no futebol
O Barcelona FC é o time da Catalunha que conquistou o mundo com um futebol encantador dentro das 4 linhas, e craques históricos que alçaram o clube ao topo do mundo por várias vezes. Conheça essa história
‘Mais que um clube’.
É desta forma que o Futbol Club Barcelona, ou apenas Barcelona FC, é conhecido entre seus torcedores.
Símbolo do nacionalismo da Catalunha, o Barça é um dos maiores e mais vencedores clubes do mundo, além de ser um celeiro de grandes craques.
Conheça essa história.
Origem e história do Barcelona
E 22 de outubro de 1899, um simples anúncio de jornal mudaria para a sempre a vida de Hans Gamper. O ex-jogador suíço publicou uma nota manifestando seu interesse em fundar um clube de futebol na Catalunha.
O retorno positivo desta nota resultou em uma reunião no dia 22 de novembro daquele mesmo ano onde 11 jogadores participaram do encontro e fundaram o Foot-Ball Club Barcelona. A princípio, o clube vestiria as cores azul e vermelha (reza a lenda, que foi inspirada no Basel-SUI). O tom grená viria a substituir o vermelho.
Primeiro título do Barcelona
Cerca de três anos após sua fundação, viria a primeira conquista. Em 1902, o Barcelona venceu a Taça Macaya.
Neste mesmo ano, disputou também a final da Taça do Rei, mas foi derrotado pelo Bizcaya por 2 a 1 e ficou com o vice.
Barcelona: do viés cosmopolita ao nacionalismo catalão
Conhecido por valorizar suas raízes catalãs, o Barcelona teve um começo de trajetória bem distinto. O nome inglês (foot-ball), o fundador suíço e elenco recheado de jogadores de outras nacionalidades marcaram o início do clube.
Apenas a partir do fortalecimento da rivalidade com o Real Español foi que esse perfil mudou drasticamente, pois o rival tinha por ideal a valorização de jogadores da região, causa que o Barça abraçaria a partir da Guerra Civil Espanhola.
O assassinato do presidente do Barcelona e a opressão do General Franco
Em 1936, durante as primeiras semanas da Guerra Civil, o então presidente Josep Sunyol foi assassinado por nacionalistas ligados ao General Franco. Sua morte não teve relação direta com o Barcelona, mas tornou-se um marco na história do clube.
Franco saiu vitorioso da guerra e, a partir daí, proibiu manifestações culturais castelhanas, o que se estendia ao uso do Catalão como idioma.
Devido à ‘censura’, o nome do clube também mudou: de Foot-Ball Club Barcelona para Club de Fútbol Barcelona e além disso, as quatro listras no topo do escudo, referentes à bandeira da Catalunha, foram reduzidas à duas, visando associação com a bandeira espanhola.
Consequentemente, o Campeonato Catalão foi extinto em 1940 tendo o Barça como maior vencedor com 23 taças conquistadas.
A partir daí, a equipe começou a ser associada ao sentimento catalão, já que seu rival passou a ser visto como associado da ditadura do General Franco. A resistência do Barcelona ao regime franquista foi marcado também por diversos títulos, em especial na década de 50 (3 troféus de La Liga e cinco Copas do Rei).
Neste período também ocorreu a inauguração do Camp Nou, estádio que abriga o Barça até hoje.
O jejum de títulos espanhóis do Barcelona e a rivalidade com o Real Madrid
Também nos anos 50, o Real Madrid viveria ascensão meteórica no futebol espanhol e acirraria ainda mais sua rivalidade com o Barcelona, antes hegemônico. Entre 1955 e 1966, foram 6 taças da Champions League para os merengues, além de oito títulos de La Liga.
Algumas teorias apontam íntima relação entre o crescimento do Real com a ditadura franquista, além de interferência em contratações, possíveis presentes para a arbitragem e dinheiro público para a construção do Santiago Bernabéu, estádio merengue.
Ainda que longe das conquistas da Liga Espanhola, o Barça viria a conquistar troféus de menor importância neste período, como a Taça das Feira (1966 e 1971) e a Taça do Generalíssimo (em 1963 e 1968)
A chegada de Cruijff ao Barcelona
Às vésperas da temporada 1973-1974, o Barcelona apostaria na contratação de uma lenda para voltar a conquistar o Campeonato Espanhol, o holandês Johan Cruijff, tricampeão europeu consecutivo pelo Ajax, chegava à Catalunha para reforçar os Culés.
O montante de dinheiro envolvido na transação foi tão alto que o governo espanhol não aprovou e, não ironicamente, o atleta foi registrado como uma peça de agricultura.
Já em seu primeiro ano, Cruijff ajudou o Barcelona a voltar a vencer La Liga, porém o segundo título viria apenas 4 anos depois, com a conquista da Copa do Rei, em 1977-1978.
As conquistas do Barcelona nos anos 90
A década de 80 do Barcelona foi de baixo prestígio, mas com algumas conquistas. O clube venceu a La Liga de 1984-1985 e quatro edições da Copa do Rei.
Neste mesmo período, viu o Real Madrid levantar cinco taças do campeonato espanhol e esse cenário mudaria consideravelmente a partir dos anos 90. Àquela época, a equipe blaugrana nunca havia conquistado a Liga dos Campeões.
A elevação do patamar da equipe começaria a ocorrer a partir da volta de Cruijff ao Camp Nou, ocorrida dois anos antes, em 1988, agora com a prancheta na mão.
Em 1991, o Barcelona voltou a levantar o troféu de La Liga, mas não parou por ai. Os catalães alcançariam o tetracampeonato consecutivo da competição.
Nesse período, o clube contou com atletas como Laudrup, Koeman e Stoichkov, e ainda viu Romário se juntar à equipe em 1993.
O tetra não foi o ápice da década blaugrana pois em 1992, o Barcelona alcançara o topo da Europa pela primeira vez vencendo a Liga dos Campeões batendo a Sampdoria na final.
A chegada de Ronaldinho Gaúcho no Barcelona
Recém-campeão mundial pela Seleção Brasileira, Ronaldinho Gaúcho brilhava com a camisa do PSG e não demorou muito para desembarcar no Camp Nou, junto a ele, veio o técnico holandês Frank Rijkaard e outros reforços, como o mexicano Rafa Marquez.
Esse elenco daria início a uma das eras mais vitoriosas da história do Barcelona, voltando a conquistar o Campeonato Espanhol e de maneira consecutiva com conquista de taças de 2004-2005 e 2005-2006.
Nesta última, foi além, pois com elenco estrelado com com Ronaldinho, Deco, Eto’o, Xavi e Puyol conquistou a segunda Champions League do Barça.
Dois anos depois da conquista, uma verdadeira vassourada no elenco e, o outrora indispensável, Ronaldinho Gaúcho puxou a fila da barca que o Barcelona tirou da equipe.
A era Messi e Guardiola e a implantação do tiki taka
Para comandar o novo momento da equipe catalã, um velho conhecido foi chamado: Guardiola que já havia sido atleta do clube nos anos 90 e já na sua primeira temporada como técnico conduziria o Barça ao terceiro título da Champions League.
Sob a sua batuta, eclodia o fenômeno Messi, argentino, criado nas canteiras do clube, era o grande diferencial de uma equipe que se tornou uma máquina de vencer.
Uma outra conquista da Liga das Campeões viria na temporada 2010-2011 para coroar este ciclo que elevava o Barcelona ao topo do mundo.
Além dos resultados exitosos, Guardiola implementava todo um sistema de jogo: o tiki-taka, caracterizado pelo amplo controle da posse da bola, pressão pós perda e jogo posicional.
Tríplice coroa, trio MSN e os últimos grandes momentos do Barcelona
A saída de Guardiola em 2012 trouxe uma maior rotatividade no comando técnico do Barcelona. Tata Martino viria a assumir a equipe e agora contaria com Neymar em seu elenco.
Mas foi sob a batuta de Luis Enrique que o trio MSN, formado por Messi, Suárez e Neymar, ganharia o mundo. O elenco, que ainda contava com Xavi, Iniesta, Daniel Alves e outros, conquistou a tríplice coroa na temporada 2014-2015. Essa foi a última era de ouro do Barcelona.
Crise financeira, saída de Messi e reconstrução do Barcelona
O fantástico elenco que ganhou o mundo, pouco a pouco começou a se desfazer quando Xavi partiu para o mundo árabe, Neymar para o PSG, Daniel Alves para a Juventus, entre outros.
Mas, o ápice desse desmanche viria em 2021, após graves problemas financeiros e sanções impostas pela FIFA como o transferban, o Barcelona não tinha recursos para manter Lionel Messi em seu elenco. O argentino alcançou o topo do mundo com a camisa do Barça e foi o símbolo de uma geração que venceu e encantou.
A partir de então, Lionel foi para o PSG e não mais voltaria ao Camp Nou.
Grandes craques revelados pelo Barcelona
O Barça sempre teve em seu DNA o fato de revelar grandes jogadores para o mundo do futebol, sendo o maior deles, Lionel Messi. Ao seu lado, jogaram os outros dois maiores expoentes das canteiras blaugrana: Xavi e Iniesta.
Com o apogeu desta geração, novos e grandes nomes surgem com a camisa do Barça. Os principais são os jovens Gavi e Pedri.
O futuro do Barcelona
Os supracitados Gavi e Pedri são a grande esperança do Barcelona para o futuro já que ainda sem ter suas condições financeiras restabelecidas, o clube conta com os ‘pratas da casa’ para trilhar novamente o caminho das glórias.
Para essa temporada a equipe manteve o artilheiro Lewandovski e ainda trouxe Gundogan vindo do Manchester City.
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