Perfil

Mazinho, o polivalente paraibano tetracampeão mundial

<p>Foto: Divulgação/Fifa via CBF</p>

Foto: Divulgação/Fifa via CBF

Tetracampeão mundial teve passagens marcantes por Vasco, Palmeiras e o futebol espanhol

Ídolo no Vasco, clube do coração. Ídolo no Palmeiras, clube onde teve uma identificação instantânea. Ídolo no Celta de Vigo-ESP. O paraibano Mazinho desbravou o mundo através do futebol e, no ponto alto da sua carreira, foi tetracampeão mundial com o Brasil em 1994. 

Ele assumiu o posto de titular no decorrer da campanha da Copa do Mundo dos Estados Unidos, deu um encaixe perfeito ao meio de campo e foi importantíssimo na campanha. Além disso, deixou duas heranças ao futebol: os filhos e meio-campistas Thiago Alcântara e Rafinha Alcântara.

Saiba mais sobre a história de Mazinho neste perfil do Click Esportivo. O camisa 17 da Seleção Brasileira mostrou polivalência e muita entrega por todos os clubes que defendeu, além da Amarelinha.

Mazinho defendendo a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994

Foto: Divulgação/Fifa via CBF

Quem é Mazinho?

Iomar do Nascimento, mais conhecido como Mazinho, nasceu no dia 8 de abril de 1966. Ele é natural de Santa Rita, na Paraíba. O município fica a 11 quilômetros da capital João Pessoa.

Desde cedo Mazinho já mostrava o caminho que iria trilhar na vida. O do futebol. Sempre gostou de jogar futebol e mostrou muito talento jogando futsal na escola, onde começou a disputar vários torneios.

Com o reconhecimento que ele ganhou nas quadras, foi jogar no Santa Cruz-PB, ainda na base. Mas o paraibano queria ir mais alto no futebol e resolveu tentar a vida no Rio de Janeiro, aos 16 anos, e chegou às categorias de base do Vasco.

Por lá Mazinho seguiu, demonstrando uma técnica bastante apurada e sendo destaque entre os juvenis, ao lado de um outro craque: Romário. Outro ponto forte de Mazinho era sua polivalência.

Mazinho, quando defendeu o Vasco

Foto: Reprodução/CBF

Ele atuou como meia e também ponta esquerda na base do Vasco. No profissional, ainda atuou como meia, mas passou a ser recuado. Jogou como volante, lateral-direito e lateral-esquerdo, tendo uma qualidade excepcional em todas elas.

Sua estreia como profissional aconteceu em 1985 e, após empilhar troféus e grandes atuações, foi para a Itália, onde defendeu o Lecce. A equipe acabou rebaixada na temporada 1990/1991, apesar de ter Mazinho como um dos destaques.

Depois ele se transferiu para Fiorentina, onde não teve tantas oportunidades e foi reserva por mais tempo do que titular. Algo que, ao fim daquela temporada, o fez querer voltar para o Brasil e acertou com o Palmeiras.

No Verdão, Mazinho viveu dois anos de grande desempenho, jogando na lateral-direita e também como volante. Destaque que o rendeu uma convocação para a Copa do Mundo de 1994.

Mazinho, quando defendia o Palmeiras

Foto: Divulgação/Palmeiras

Pela Seleção Brasileira, Mazinho foi um dos principais jogadores naquela campanha. Ele entrou no lugar de Raí no decorrer da Copa, mais precisamente a partidas oitavas de final. Daí em diante, não perdeu a posição.

Ele ajudou a dar maior sustentação defensiva ao meio de campo, que contava já com Mauro Silva e Dunga, mas também ajudou na dinâmica ofensiva do time, principalmente com a liberdade que os laterais passaram a ter para avançar ao ataque.

Com o bom desempenho no Palmeiras e na Copa, Mazinho retornou à Europa, dessa vez foi para a Espanha para defender o Valencia a pedido do técnico Carlos Alberto Parreira, logo após a Copa do Mundo.

Mazinho, quando defendeu o Vasco

Foto: Divulgação/Vasco

Foram duas temporadas até se transferir para o Celta de Vigo-ESP, onde se tornou ídolo. A passagem de Mazinho por lá durou quatro anos, onde ele atuou em praticamente todas as posições, menos de goleiro e atacante. No restante, ele jogou com maestria.

Os grandes feitos com o modesto time espanhol foi chegar duas vezes nas quartas de final da Liga Europa, antes chamada de Copa da Uefa. Ele marcou também a carreira de jogadores que lá passaram, como o volante francês Makelele, ex-jogador do Real Madrid e Chelsea.

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Em entrevista, Makelele falou que aprendeu a marcar com Mazinho, que lhe ensinou muitas coisas quando esteve no Celta de Vigo. Inclusive, para o francês, esse foi o período mais feliz da carreira dele.

Com menos espaço no time, Mazinho optou por se transferir para o Elche-ESP, onde jogou uma temporada, na Segunda Divisão Espanhola.

Em 2001, retornou ao Brasil para defender o Vitória, seu último clube até pendurar as chuteiras, aos 35 anos.

Quem são os filhos de Mazinho?

Mazinho é pai dos jogadores Thiago Alcântara e Rafinha Alcântara

Foto: Reprodução/Instagram

Mazinho é pai de dois meio-campistas que chamaram a atenção e tiveram seus momentos de brilho no futebol mundial. São eles Thiago Alcântara e Rafinha Alcântara.

Ambos foram revelados pelo Barcelona, Thiago na temporada 2009/2010 e Rafinha na temporada 2011/2012. Ambos estão em atividade ainda.

Thiago tem 33 anos e defende o Liverpool, mas deve deixar o clube ao fim da temporada 2023/2024. Já Rafinha tem 31 anos e joga pelo Al-Arabi, do Catar.

Em quais clubes Mazinho jogou?

Mazinho defendeu nove clubes ao longo de 16 anos de carreira. Ele iniciou a carreira no Vasco e passou por Lecce-ITA, Fiorentina-ITA, Palmeiras, Valencia-ESP, Celta de Vigo-ESP, Elche-ESP, Alavés-ESP e Vitória.

Mazinho, quando defendeu o Vasco

Foto: Divulgação/Vasco

Mazinho pela Seleção Brasileira

Pela Seleção Brasileira, Mazinho disputou 35 partidas oficiais, sem marcar nenhum gol. Ele defendeu a Amarelinha entre 1989 e 1994, sendo seu último jogo a final da Copa do Mundo, diante da Itália.

Quais os títulos de Mazinho?

Mazinho conquistou nove títulos oficiais em toda a sua carreira, além de vários outros troféus de torneios menores. Pela Seleção Brasileira, ele ganhou a Copa do Mundo de 1994 e a Copa América de 1989.

Pelo Vasco, o paraibano ganhou o Brasileirão de 1989 e o bicampeonato Carioca (1987 e 1988). Pelo Palmeiras, Mazinho foi campeão Brasileiro (1993), bicampeão Paulista (1993 e 1994) e Torneio Rio-São Paulo (1993).

Mazinho, Bebeto e Romário, na comemoração icônica na Copa do Mundo de 1994

Foto: Divulgação/Fifa