Outros esportes
16-0 Women’s Ashes Loss: ECB Review Promised by Clare Connor
A derrota de 16-0 na Women’s Ashes deixou Clare Connor, diretora da ECB, em choque. Em uma entrevista, ela expressou sua frustração e prometeu uma revisão honesta sobre o desempenho da equipe.
Clare Connor sobre a derrota histórica
Clare Connor, diretora da Cricket Board England (ECB), não escondeu sua decepção após a derrota histórica de 16-0 na Women’s Ashes. Em uma entrevista, ela descreveu o resultado como “brutal e extremamente decepcionante”. Connor afirmou que é difícil entender como a equipe chegou a esse ponto, especialmente considerando o investimento significativo feito no críquete feminino nos últimos anos.
Ela enfatizou que a equipe estava “lutando com o desempenho sob pressão”, uma questão que tem sido um tema recorrente desde a derrota nas semifinais da Copa do Mundo T20 em 2023. “É um desafio que precisamos enfrentar e superar”, disse Connor, reconhecendo que o time precisa aprender a lidar com situações críticas em jogos importantes.
A diretora também comentou sobre a pressão que vem com a reputação da equipe e a expectativa de resultados positivos. “Quando você perde de forma tão contundente, a crítica é inevitável e a percepção pública pode ser severa. No entanto, isso não reflete a dedicação e o esforço que essas jogadoras colocam em cada partida”, destacou.
Connor concluiu sua análise dizendo que a equipe está comprometida em reverter essa situação e que uma revisão honesta será feita para entender as falhas e buscar soluções. “Estamos todos muito desapontados, mas isso também é uma oportunidade para aprender e crescer como grupo. Precisamos nos unir e trabalhar mais duro para voltar a ser competitivos no cenário internacional”, afirmou.
A falta de profissionalismo na equipe
Durante a entrevista, Clare Connor abordou as alegações de falta de profissionalismo na equipe inglesa de críquete feminino, que surgiram após a derrota na Women’s Ashes. Ela rejeitou essas acusações, afirmando que a percepção de uma “cosinha” entre a capitã Heather Knight e o treinador Jon Lewis não condiz com a realidade. “Essa equipe se importa profundamente em jogar pelo seu país e está sentindo a dor dessa derrota”, declarou Connor, enfatizando o comprometimento das jogadoras.
Connor também mencionou que a equipe tem enfrentado dificuldades em desempenhar sob pressão, o que não deve ser confundido com falta de profissionalismo. “O que estamos vendo é um grupo de jogadoras que, apesar de todo o trabalho duro e dedicação, ainda está lutando para se adaptar às exigências do nível internacional”, explicou.
Ela reconheceu que o críquete feminino na Inglaterra ainda está em um estágio de desenvolvimento em comparação com a Austrália, onde a profissionalização do esporte começou antes. “Estamos em um caminho de crescimento, mas precisamos acelerar esse processo para que nossas jogadoras possam competir em pé de igualdade”, disse Connor.
O foco, segundo ela, deve ser em como a equipe pode melhorar e evoluir. “Não se trata apenas de estar presente, mas de como podemos aumentar nosso nível de desempenho e profissionalismo em todos os aspectos do jogo”, concluiu, destacando a importância de aprender com os erros e se preparar para desafios futuros.
Investimentos da ECB no críquete feminino
A Cricket Board England (ECB) tem investido significativamente no críquete feminino nos últimos anos, com a esperança de elevar o padrão do esporte e alcançar resultados competitivos no cenário internacional.
Clare Connor destacou que a ECB está alocando cerca de £19 milhões por ano para o desenvolvimento do críquete feminino, um investimento que reflete o compromisso da organização em promover o esporte entre as mulheres.
Esses fundos são direcionados não apenas para a equipe nacional, mas também para o críquete de base e para o fortalecimento das ligas regionais. A ideia é criar uma infraestrutura sólida que permita que as jogadoras se desenvolvam desde cedo e cheguem ao nível profissional com mais experiência e habilidades.
No entanto, apesar desse investimento, Connor reconheceu que a Inglaterra ainda está “correndo atrás” da Austrália, que possui uma estrutura de críquete feminino profissionalizada desde 2017. “A diferença nas experiências que as jogadoras australianas têm, devido a anos de desenvolvimento profissional, é um fator que precisamos considerar”, afirmou.
Ela também mencionou que, apesar do aumento nos pagamentos das taxas de jogos internacionais para igualar os dos jogadores homens, a verdadeira transformação no desempenho da equipe dependerá de como essas jogadoras podem aplicar suas experiências em situações de pressão. “Precisamos garantir que nossas jogadoras tenham as oportunidades necessárias para se tornarem competidoras de elite”, concluiu Connor.
Desafios enfrentados pela equipe inglesa
A equipe inglesa de críquete feminino tem enfrentado uma série de desafios que se tornaram evidentes após a derrota avassaladora de 16-0 na Women’s Ashes. Clare Connor, diretora da Cricket Board England (ECB), destacou que a principal dificuldade está relacionada à falta de experiência em situações críticas. Desde a semifinal da Copa do Mundo T20 em 2023, a equipe tem lutado para desempenhar sob pressão, o que se traduziu em erros decisivos em momentos cruciais.
Outro desafio significativo é a diferença na estrutura profissional entre o críquete feminino na Inglaterra e na Austrália. Enquanto a Austrália tem investido em seu programa de críquete feminino por mais tempo, proporcionando às jogadoras um ambiente profissional desde 2017, a Inglaterra está ainda se adaptando a essa nova realidade. “Estamos tentando alcançar um padrão que já foi estabelecido por outros países, e isso exige tempo e esforço”, comentou Connor.
Além disso, a equipe também enfrenta a pressão externa da mídia e dos fãs, que esperam resultados positivos. “Quando você perde de forma tão contundente, a crítica é intensa e a expectativa aumenta”, afirmou Connor, reconhecendo que a reputação da equipe pode ser afetada negativamente.
Por último, a falta de consistência nas performances também é uma preocupação. Connor mencionou que a equipe precisa aprender a capitalizar as oportunidades e a manter a disciplina durante os jogos. “É fundamental que as jogadoras desenvolvam a mentalidade necessária para lidar com a pressão e se tornem mais resilientes em momentos críticos”, concluiu.
Promessa de revisão e mudanças necessárias
Clare Connor, diretora da Cricket Board England (ECB), assegurou que uma revisão honesta será realizada após a decepcionante campanha da equipe na Women’s Ashes. Em sua declaração, ela enfatizou a importância de examinar cada aspecto do desempenho da equipe, desde a preparação até a execução em campo. “Não podemos nos dar ao luxo de ignorar o que aconteceu. Precisamos olhar para dentro e entender onde falhamos”, disse Connor.
A revisão incluirá uma análise detalhada das táticas utilizadas, do treinamento e das estratégias de jogo. Connor mencionou que é crucial identificar as áreas que precisam de melhorias, especialmente em relação à capacidade da equipe de jogar sob pressão. “Precisamos aprender a lidar com momentos críticos e transformar essas experiências em aprendizado”, afirmou.
Além disso, a diretora indicou que mudanças na liderança da equipe podem ser consideradas, mas que é prematuro tomar decisões nesse sentido. “Heather Knight e Jon Lewis estão tão desapontados quanto nós, e eles têm trabalhado arduamente. Vamos ter conversas difíceis, mas é importante dar tempo para avaliar a situação antes de fazer mudanças drásticas”, disse Connor.
Ela também destacou que a revisão não se limitará apenas ao desempenho em campo, mas também incluirá aspectos como a cultura da equipe e a dinâmica entre as jogadoras. “Queremos garantir que todas as jogadoras se sintam apoiadas e valorizadas, e que haja uma comunicação aberta sobre as expectativas e responsabilidades”, concluiu.
Fonte: BBC Sport