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Seleção Brasileira de Voleibol Feminino: História, Conquistas e Destaques

A Seleção Brasileira de Voleibol Feminino tem uma história recheada de conquistas que vieram pelas mãos de grandes jogadoras da modalidade. Conheça mais essa rica história

Orgulho Tupiniquim, a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino é um dos times de mais prestígio do esporte nacional. 

As atletas representam bem as cores verde e amarela, seja em solo brasileiro ou mundo afora, conquistando títulos que ficarão para sempre na memória do torcedor. 

Relembre os momentos mais icônicos da Seleção, no ritmo de conquistas Olímpicas e Mundiais, assim como as grandes jogadoras e os maiores  treinadores que já comandaram a Amarelinha. 

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Jogadora de vôlei, caucasiana, de roupa preta, rabo de cavalo castanho, segurando uma bola de vôlei de frente para a rede.

Seleção Brasileira de Voleibol Feminino

Seleção Brasileira de Volêi: o início de tudo

As meninas do voleibol do Brasil deram seus primeiros passos no início da década de 1950, de forma avassaladora. 

Logo na competição de estreia, o Campeonato Sul-Americano de 1951, a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino faturou a medalha de ouro após vencer o Uruguai na decisão – o Peru, que derrotou a Argentina na disputa do terceiro lugar, completou o pódio. 

Apenas 3 anos mais tarde, no intuito de difundir o esporte ainda mais pelo país, foi fundada, em 16 de agosto de 1954, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). 

Uma década depois, a modalidade debutou nos Jogos Olímpicos de 1964, realizado em Tóquio, contudo, tendo apenas a presença do time masculino. 

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Seleção Brasileira de Vôlei nas Olimpíadas

A estreia da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino nos jogos olímpicos só veio acontecer no ano de 1980, na extinta União Soviética (hoje, Rússia). 

No entanto, o resultado não foi dos melhores, tendo o Brasil terminando na penúltima colocação, à frente apenas da Romênia. 

Quem levou o ouro naquela edição foi a equipe anfitriã – A Alemanha Oriental conquistou a prata, e a Bulgária, o bronze. 

Se a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino era considerada coadjuvante no esporte, o cenário começou a mudar no final da década de 1980. 

Já tendo grandes nomes no elenco, como Isabel, Vera Mossa e Jacqueline, a equipe terminou no sexto lugar nas Olimpíadas de 1988, em Seul (capital da Coreia do Sul), e faturou a quarta colocação nos jogos seguintes, em Barcelona, onde teve sua primeira chance de medalha. 

Consolidação

A Seleção Brasileira de Vôlei Femino deslanchou de vez após a chegada do treinador Bernardo Rocha de Rezende, mais conhecido como Bernardinho. 

O Brasil passou a ter outra postura sob nova direção, levando as medalhas de ouro do Grand Prix e da Copa do Mundo, ambas em 1995. 

A equipe campeã tinha algumas estrelas no elenco, como Ana Moser, Fernanda Venturini, Ana Paula, Márcia Fu, Fofão, Virna, e Leila. 

Nas Olimpíadas de 1996, em Atlanta, veio a primeira medalha da Seleção. A saga rumo ao pódio teve jogos emblemáticos, principalmente contra Cuba, criando-se ali uma rivalidade ferrenha entre os países no esporte. 

A equipe terminou a primeira fase na liderança, à frente das cubanas, garantindo a medalha num jogo de cinco sets diante da Rússia. Vitória por 3 sets a 2. 

Mantendo a toada, o Brasil conquistou sua segunda medalha nos jogos seguintes, realizado no ano 2000, em Sydney. 

O bronze desta vez veio num jogo em que a Seleção Brasileira foi dominante do início ao fim, vencendo os Estados Unidos por três sets a zero. Cuba (ouro) e Rússia (prata) completaram a lista de medalhistas. 

A era dourada do vôlei brasileiro

Faltava uma medalha mais valiosa, especialmente a de ouro, após passar em branco em 2004, a redenção aconteceu nas Olimpíadas de Pequim, na China, quatro anos depois. 

A equipe comandada por José Roberto Guimarães foi avassaladora, empilhando vítimas no decorrer dos jogos, até derrotar a seleção americana e conquistar a primeira honraria dourada da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino. 

O feito seria repetido na Olimpíada seguinte, em Londres, 2012, quando o Brasil faturou o ouro de novo. Na grande decisão, quase uma reprise de 2008: vitória sobre os Estados Unidos por três sets a um – O Japão ganhou a medalha de bronze. 

A Seleção Brasileira de Vôlei Feminino ainda adicionaria mais conquistas olímpicas ao seu rol. No ano de 2020, em Tóquio, levou a inédita medalha de prata, perdendo a final diante das americanas que, enfim, deram o troco. 

Outros títulos da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino

Indo além das Olimpíadas, a Seleção ostenta diversas conquistas. 

No Grand Pix (competição que hoje equivale a Liga das Nações de Voleibol Feminino), foram 12 taças – 1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013, 2014, 2016 e 2017, além de duas Copas dos Campeões, em 2009 e 2017.

Na América do Sul, o Brasil também se mostrou dominante, emplacando 22 títulos do Campeonato Sul-Americano. 

A Amarelinha venceu as edições de 1951, 1956, 1958, 1961, 1962, 1969, 1981, 1991, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007, 2009, 2011, 2013, 2015, 2017, 2019 e 2021.

Grandes técnicos do vôlei brasileiros

Como dissemos acima, a chegada de Bernardinho à Seleção Brasileira de Vôlei Feminino é considerada um divisor de águas na modalidade. 

O treinador faturou duas medalhas olímpicas, ambas de bronze, e fez o time subir de patamar, ganhando – e impondo – respeito diante das jogadoras adversárias. 

Apesar do feito de Bernardinho, foi José Roberto Guimarães quem colocou as meninas do Brasil no lugar mais alto do pódio – duas vezes consecutivas, diga se (2008 e 2012). Até hoje, Zé Roberto comanda a Seleção Feminina.  

Outros nomes merecem ao menos uma citação, casos de Adolfo Guilherme, Enio Figueiredo, Marco Aurélio Motta, Jorge Barros e Cacá Bizzocchi. 

Grandes jogadoras

Jogadoras de time feminino de vôlei, de uniforme amarelo com detalhes pretos comemorando um ponto marcado na quadra.

Foto Divulgação

O vôlei feminino do Brasil apresentou grandes craques ao esporte mundial. Não por acaso, trata-se de uma lista complicada, mas podemos dizer que Ana Moser é uma das maiores. 

A ponteira foi o grande ícone de um time muito habilidoso na década de 1990, conquistando a medalha de bronze nos jogos de 1996, uma de prata no mundial de 1994, além de três Grand Prix.

Os números de Moser pela Seleção Brasileira de Vôlei Feminino poderiam ter sido ainda maiores, caso a atleta não fosse contemporânea de uma das maiores equipes de todos os tempos, a temida geração cubana, que sagrou-se tricampeã olímpica – 1992, 1996 e 2000.

Se subirmos um degrau do pódio, aparece a levantadora Hélia Rogério de Souza Pinto, mais conhecida como Fofão. 

Mesmo com a baixa estatura (1,72m de altura), ela conseguiu ser uma das melhores de sua posição, colocando a Seleção no topo do pódio nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Fofão também levou mais dois bronzes, nos jogos de 1996 e 2000.

Mas são poucas as que têm duas medalhas douradas no currículo. Uma delas é Sheila, ícone da Seleção Brasileira de Vôlei Feminino em 2012, sendo uma verdadeira heroína nas quartas de final, no duelo contra a Rússia, no qual o Brasil salvou expressivos seis match points antes de sacramentar a vitória.  

Quatro anos antes, a oposta havia sido campeã olímpica. Além dessas conquistas, Sheila também acumula no currículo três medalhas em mundiais (sendo duas de prata e uma de bronze), sete ouros em Grand Prix, e duas taças da Copa dos Campeões.

A líbero Fabi, a levantadora Fernanda Venturini, as ponteiras Isabel e Leila, e a ponteira-passadora Jaqueline, também deixaram seus respectivos nomes marcados na história do voleibol feminino. 

As grandes rivalidades

Brasil e Rússia – desde os tempos de União Soviética – são rivais ferrenhos no vôlei feminino. 

A cada reencontro, nasce a expectativa de um jogo tenso, cheio de provocações, mas provido de muita qualidade técnica. 

Há registros que a rivalidade esquentou de vez no início da década de 1990, se evidenciando nos jogos de Barcelona, em 1992. 

O Brasil se aproximava da grande final, e tinha um match point em mãos. Até que, num erro defensivo, as europeias conseguiram a virada. 

Em seguida, veio o troco nas Olimpíadas de 2008, quando as brasileiras reencontraram as russas na decisão. O resultado foi uma vitória expressiva por 3 sets a 0. 

Também nesta época, nasceu uma grande rivalidade entre a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino e a de Cuba. 

O sangue latino falava mais alto toda vez que os times se enfrentavam, se provocando em quadra. Já a Seleção dos Estados Unidos também é outra rival no continente americano. 

Os novos talentos

Em meio às chegadas e aposentadorias, o voleibol brasileiro vai sempre se renovando nas categorias de base. 

Tanto que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) lançou, em 2018, uma plataforma digital no intuito de facilitar a captação de jovens talentos. 

Cada atleta envia um vídeo de suas habilidades e um responsável pela comissão técnica da Seleção avalia. 

Atualmente, a Seleção Brasileira de Vôlei Feminino tem boas jogadoras  no elenco, como a levantadora Macris, as ponteiras Julia Bergmann, Pri Daroit, e Rosamaria, a líbero Laís, e a central Thaisa. Todas participaram da última edição da Liga das Nações. 

Acompanhe os talentos da seleção brasileira de vôlei feminino conferindo as notícias aqui do Click Esportivo.