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Opinião

Há espaço para a volta de mais copas regionais?

<p>Fotos: CBF/divulgação</p>

Fotos: CBF/divulgação

Atualmente, o calendário oficial da CBF conta com duas copas regionais, a Copa do Nordeste e a Copa Verde

Ainda que em estágios diferentes, a Copa do Nordeste e a Copa Verde estão consolidadas no calendário do futebol brasileiro, reunindo clubes de 21 estados. No Nordestão, com a presença dos nove estados da região, a sequência de disputas desde 2013 é a maior em sua história intermitente, que completará três décadas em 2024. A última edição da “Lampions”, vencida pelo Ceará, distribuiu R$ 46 milhões em cotas/premiações para 28 clubes, sendo R$ 44 milhões na fase principal, que contou com 16 equipes.

Hoje, a Copa do Nordeste já tem contrato de transmissão assinado até 2025, tanto na tevê aberta (SBT) quanto na tevê fechada (ESPN). Já a Copa Verde segue com uma capacidade econômica menor. Bem menor, na verdade. Mas segue recebendo investimentos. Em 2023, a CBF desembolsou R$ 6 milhões entre cotas e custeio aos 24 participantes. A entidade deve seguir investindo pelo menos até 2026, ano em que projeta a “autossustentação” da Copa Verde, que engloba clubes das regiões Norte e Centro-Oeste, além do estado do Espírito Santo. Voltando ao Nordestão, o torneio já criou capilaridade para esta “autossustentação”. Hoje, conta com 17 patrocínios firmados. Mas e a situação dos estados sem copas regionais?

Seis estados não têm copas regionais

Os estados que contam apenas com campeonatos estaduais são unidades de forte apelo local, de fato: SP, RJ, MG, RS, PR e SC. Entretanto, todos já contaram com competições regionais, à parte dos campeonatos estaduais e nacionais. O principal foi o Torneio Rio-São Paulo, criado em 1933. A sua última versão durou de 1997 a 2002, fundamentada na forte rivalidade entre paulistas e cariocas. Também houve a Copa Sul-Minas, disputada entre 2000 e 2002, sem apelo histórico, mas composta por clubes tradicionais, gerando mais interesse esportivo que os certames locais.

Vale dizer que o fim em “2002” não é coincidência, sendo o ponto de cortes dos regionais para a implantação do sistema de pontos corridos na Série A do Campeonato Brasileiro, que passou a vigorar em 2003, tomando a maior parte do calendário – o que não é errado. Naquela ocasião, no entanto, a ruptura também se aplicou à Copa do Nordeste e às antigas Copa do Norte e Copa Centro-Oeste. No caso nordestino, que tinha vários contratos firmados, o ato da CBF gerou uma longa briga judicial que terminou com vitória da Liga do Nordeste.

Para não pagar uma indenização milionária, a CBF fechou um acordo com a liga em 2013 para realizar dez edições do Nordestão. Esse acordo acabou em 2022, com a edição desta temporada, “já além”, deixando claro que o sucesso se impôs à possibilidade de uma nova exclusão. Tanto que no período surgiu a Copa Verde, que acabou juntando a finalidade das copas extintas no Norte e no Centro-Oeste.

O exemplo que vem do Nordeste

Nos últimos anos, o mais perto em relação à volta das disputas nos demais estados foi a criação da Primeira Liga, que teve apenas duas edições, em 2016 (deu Fluminense) e 2017 (surpreendentemente, deu Londrina). Tendo como real objetivo ser um embrião da liga nacional, o que não foi, a competição foi disputada de forma espremida, sem calendário planejado, inviabilizando a sua continuidade.

Mesmo considerando que os grandes clubes do antigo G12 disputem copas internacionais com regularidade, acredito que siga existindo uma demanda de grandes jogos no país na largada do ano, mesmo que num formato mais curto, de mata-mata. Assim, não precisa, necessariamente, ter as 12 datas do Nordestão, já que este se sobrepõe, por muito, aos estaduais da região.

Falando no número de partidas, vamos ao total de jogos disputados pelos campeões dos seis estados em 2023: 17 no Paraná (Athletico-PR), 17 em Santa Catarina (Criciúma), 16 em São Paulo (Palmeiras), 15 no Rio de Janeiro (Fluminense), 15 no Rio Grande do Sul (Grêmio), 12 em Minas Gerais (Atlético-MG). Desses, só o Paulistão é realmente lucrativo, com o Carioca tendo recuperar o terreno após a saída da Rede Globo e com RS e MG sendo ultrapassados no volume de cotas pelo Nordestão, o que mostra que a volta da Sul-Minas poderia ser um fato novo. Segundo a CBF, ao comentar as intenções com a Copa Verde, a Copa do Nordeste é o “modelo a ser seguido” devido ao “sucesso de público e comercial”. Talvez até para outros regionais…