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Jogador de Futebol: A Jornada e os Segredos de uma Carreira de Sucesso

<p>A Jornada do Jogador de Futebol</p>

A Jornada do Jogador de Futebol

“Ser jogador de futebol” é uma resposta frequente quando perguntam às crianças o que elas querem ser quando crescerem. Já perguntava o Skank: “quem não sonhou em ser um jogador de futebol?”. 

Mas o caminho para realizar esse sonho e chegar até o estrelato, ao brilho no futebol profissional é uma trilha árdua e que poucos conseguem percorrer.

Mesmo para os meninos e meninas talentosos, o caminho no futebol requer dedicação, disciplina e habilidade. 

E até chegar ao sucesso, muitos não podem aparecer antes da entrada em algum clube. Mas, mesmo com todas as dificuldades, a jornada não é impossível e milhares de jogadores surgem e brilham no mais alto nível do futebol.

No Brasil, temos o futebol como uma paixão nacional e os campinhos de várzea são cheios de jovens que sonham com a fama ao brilhar na Seleção Brasileira e nos grandes clubes europeus, ganhando salários milionários e podendo ajudar suas famílias a mudar de vida. 

Não é difícil entender o apelo da profissão, mas a realidade não é tão simples para todos.

Atingir o alto nível exige paixão e dedicação por parte dos jovens que querem perseguir uma carreira dentro dos campos. 

Para se tornar um jogador profissional, é necessário encontrar e aproveitar as oportunidades certas, para se provar e receber sua chance.

Posições no Futebol

Parte importante da construção de um jogador de futebol passa diretamente pela escolha de uma posição em campo. 

As habilidades necessárias para um goleiro e um centroavante, por exemplo, são muito diferentes e isso pode ser bem trabalhado desde os primeiros anos de base, se as características do jovem foram bem identificadas.

Na prática, o jogador pode ser goleiro, lateral, zagueiro, volante, meio-campista ou atacante. O goleiro tem a função de defender a meta e é o único jogador que pode pegar a bola com as mãos durante o jogo. 

Os laterais são jogadores de velocidade, que atuam nas alas, auxiliando no ataque e na defesa, que é função primária dos zagueiros, pelo meio.

E se os zagueiros fecham a defesa na última linha, os volantes aparecem logo à frente, com marcação intensa e saída de bola qualificada para destruir as jogadas adversárias e auxiliar os meias na criação de jogadas ofensivas para o time. 

E se os meias armam, os atacantes finalizam, com a função de dar o último passe ou concluir as jogadas em gols.

Mas além dessa lista restrita de posições, o futebol também é marcado por funções táticas muito mais específicas e adaptadas ao estilo de jogo de cada equipe. 

Assim, as características de cada jogador podem ser mais úteis a um time que a outro, assim como os jogadores também podem ser improvisados ou realocados em outras posições.

Formação e Academias de Futebol

Menino de uniforme azul indo chutar uma bola de futebol em um campo aberto. Ao fundo há muitas árvores.

Formação e Academias de Futebol

Os primeiros passos de uma carreira de futebol começam muito antes de calçar as chuteiras para entrar nas arenas de Copa do Mundo ou nos maiores estádios da Europa. São anos de preparação em categorias de base antes de se tornar jogador de futebol.

O período de formação é importante para a evolução do atleta e o desenvolvimento das habilidades com muito treinamento e aprimoramento técnico para se destacar no futebol. 

E isso pode acontecer em escolinhas (normalmente a partir dos seis ou sete anos) ou nas categorias de base (a partir dos 12 ou 13 anos).

Nas categorias de base dos clubes, os atletas entram ainda muito jovens e passam pelo sub-15, pelo sub-17 e pelo sub-20 antes da profissionalização. 

Mas para chegar lá, os jogadores precisam passar por uma peneira, com testes de poucos minutos para selecionar as promessas, ou testes abertos mais longos, com maior acompanhamento dos jovens.

Gerenciamento de carreira

A partir dos 13 anos, os jogadores já figuram no time sub-15 e os contratos profissionais só vêm a partir do sub-17. 

Isso porque a legislação brasileira só permite contratos com jogadores de pelo menos 16 anos, e com duração máxima de cinco anos. O vínculo empregatício, por sua vez, só pode ser firmado depois da maioridade.

Mas o contrato profissional não é garantia de estar no time profissional. O mecanismo é uma segurança para o clube não perder sua promessa em caso de proposta de outra equipe – remunerando o jogador em troca. 

Na prática, a maioria dos elencos sub-20 e boa parte dos times sub-17 são compostas por jogadores com contrato profissional.

E para dar esses passos na carreira, a relação com um empresário é importante. Hoje, mesmo para entrar nas categorias de base, a presença de um agente já costuma ser importante. 

O ideal é procurar por profissionais credenciados para operar junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Ao longo de toda a carreira, esse apoio será importante na hora de arrumar transferências e contratos para o jogador de futebol. 

Ao longo dos anos, essas negociações serão frequentes para os atletas, seja em contratações em definitivo, contratos de empréstimo, renovações e até patrocínios e outras parcerias.

O estafe, inclusive, pode ir muito além do agente em si. 

Profissionais como assessores de imprensa, nutricionistas, personal trainers, psicólogos e advogados podem ser importantes para a construção de uma carreira de sucesso, além, claro, das comissões técnicas e médicas dos clubes.

Estrelato e reconhecimento

Caso todo o processo tenha dado certo, a sorte tenha ajudado e a carreira profissional daquela jovem promessa tenha conseguido deslanchar, o futebol pode virar um palco de estrelato e reconhecimento internacional. 

A possibilidade de representar a seleção nacional e o sonho de jogar a Liga dos Campeões da Uefa estão entre os sonhos máximos.

Além disso, as inspirações da atual geração são claras. Nomes como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar Júnior e Vinícius Júnior estão entre os modelos no futebol para muitos jovens que sonham com o caminho no futebol. 

Assim, as chances de seguir os passos dessas estrelas enchem os sonhos da nova geração de futuros craques.

Desafios e pressões

Mas, mesmo para as maiores promessas do futebol moderno, é importante frisar que a realidade desses ídolos é uma exceção. Os salários de sete dígitos e a vida de luxo não são regra no futebol. 

Um levantamento da CBF em 2019 retratou bem essa situação: eram quase 90 mil jogadores profissionais no país, e 55% deles sequer recebia mil reais mensais.

Além disso, 33% recebia entre R$ 1 e 5 mil por mês. Quanto aos demais, 5% recebiam entre R$ 5 e $ 10 mil, 4% entre R$ 10 e R$ 50 mil, 1% entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, 1% entre R$ 100 mil e R$ 200 mil e 1% entre R$ 200 a R$ 500 mil. 

Acima desse valor, a lista do futebol brasileiro tinha apenas nomes pontuais.

Além desses valores, claro, também pode haver valores ganhos em bichos, premiações, luvas e direitos trabalhistas. 

E a lista ainda poderia ser maior, já que a CBF não contabilizou os nomes que desistiram do futebol, abandonando a carreira ainda nos primeiros anos.

Ainda falando sobre pressões, o futebol brasileiro é conhecido por ser muito imediatista e, assim, jogadores e treinadores costumam precisar dar uma resposta rápida para ter vitalidade em um clube. 

A pressão da torcida também é constante nos clubes de massa.

Legado e pós-carreira

Mas a carreira do jogador de futebol, mesmo que seja de grande sucesso e estrelato, não tem uma longevidade tão grande. 

Normalmente, a aposentadoria dos gramados acontece a partir dos 32 anos, raramente se estendendo em alto nível depois dos 35. Essa longevidade vem aumentando, mas ainda é extremamente raro vermos jogadores acima dos 40 anos.

E esse prazo ainda pode ser encurtado em casos de lesões, que podem perseguir a carreira dos atletas por anos, principalmente se forem crônicas ou tiverem processos de reabilitação prejudicados. 

Fato é que o jogador de futebol também precisa de preocupar na sua vida depois que pendurar as chuteiras.

E as possibilidades de pós-carreira dentro do futebol também são variadas. É comum vermos jogadores passando a integrar comissões técnicas, se tornando treinadores, auxiliares ou preparadores em times profissionais ou de base. 

Postos em diretorias também são comuns, em cargos como diretor executivo ou coordenador de futebol.

Fora do convívio direto dos clubes, alguns jogadores seguem carreira como comentaristas de televisão, rádio ou mídia impressa, gerando repercussão por suas análises de futebol. 

E, além disso, o trabalho como empresário, agenciando outros atletas a seguir seus passos, também pode ser um destino para o jogador de futebol que encerra sua carreira.

Independente do caminho, a nova carreira também vai exigir uma preparação por parte do ex-atleta. 

Muitas vezes, esses estudos para a nova função ainda acontecem na reta final da carreira em campo, podendo até ter auxílio do clube, já interessado em manter o jogador após a aposentadoria, algo relativamente frequente para ídolos que penduram a chuteira.