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Futebol: O Esporte Mais Popular do Mundo e sua História Fascinante
Futebol: O Esporte Mais Popular do Mundo e sua História Fascinante
O futebol é o esporte mais amado no planeta, mas ele é muito mais que isso. É uma paixão que une pessoas em todo o mundo, transcendendo fronteiras e culturas.
O Brasil até ostenta o título de “país do futebol”, mas essa mania não começa por aqui e nem fica dentro das nossas fronteiras.
Segundo a Federação Internacional de Futebol (Fifa), entre jogadores e árbitros, são cerca de 270 milhões de pessoas envolvidas diariamente no futebol. Isso além das centenas de milhões que acompanham o esporte.
Também de acordo com a Fifa, a final da Copa do Mundo de 2022 teve 1,5 bilhão de espectadores.
O futebol também envolve muito dinheiro. Investimentos em contratações e estruturas circulam bilhões de dólares anualmente.
E o esporte ainda movimenta a economia. Um estudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apontou que, em 2022, o futebol gerou R$ 53 bilhões na economia nacional – 0,72% do PIB.
Mas nem sempre o futebol foi esse centro das atenções em caráter internacional.
A história do esporte mais popular do mundo começou há milênios atrás, com esportes primitivos registrados por povos como chineses, japoneses, gregos, romanos e egípcios, antes de virar o futebol moderno que conhecemos hoje.
Esse nosso futebol atual surgiu na Inglaterra, no Século XIX. Desde então, o esporte seguiu em evolução, com a criação de novas regras, mudanças, criação de clubes, entidades competições e surgimento de grandes ídolos até se tornar o que é hoje.
Regras do futebol
Na Inglaterra, o futebol era praticado por vários colégios, mas cada um seguia o seu próprio regulamento. Isso só muda na segunda metade do século, quando esses colégios reúnem e criam um regulamento uniforme para o futebol.
Desde então, as regras foram aprimoradas, mas a essência se mantém, com 11 jogadores de cada lado, sem uso das mãos.
Além disso, o futebol tem outras marcas importantes: o jogo é disputado em dois tempos de 45 minutos, com um goleiro e 10 jogadores de linha, expulsão após um cartão vermelho ou dois amarelos, paralisações em faltas, laterais, tiros de meta, escanteios e impedimentos.
O tempo dessas paradas é parcialmente compensado com acréscimos ao fim de cada tempo.
As mudanças mais recentes nas regras do futebol vieram entre as décadas de 2010 e 2020. Primeiro, a instituição do árbitro de vídeo (VAR), que pode auxiliar a arbitragem em algumas marcações, como lances de cartão vermelho e de gol.
Além disso, houve um aumento no limite de substituições: de três por partida para cinco trocas em três momentos do jogo.
O campo de jogo do futebol é retangular, padronizado no Brasil para 105m de comprimento e 68m de largura.
E o lugar do campo em que o jogador está também é muito importante, isso porque o goleiro só pode usar as mãos dentro da sua área e o atacante não pode receber a bola se tiver menos de dois jogadores à sua frente no campo: é o impedimento.
Competições internacionais
Essas regras são vistas em todos os lugares do mundo. Desde os torneios de várzea, até as principais competições de futebol no planeta.
O sonho máximo dos jogadores é a conquista da Copa do Mundo, torneio que tem o Brasil, penta, como seleção de maior sucesso. As disputas começaram em 1950 e acontecem a cada quatro anos desde então.
Mas se o Mundial é o ponto alto da disputa entre seleções, as competições europeias são as principais entre clubes.
Lá a Liga dos Campeões da Uefa envolve os principais clubes de todos os países do continente, que tem as principais ligas do mundo, e garante jogos de alto nível em todas as edições. Seu maior campeão é o Real Madrid, da Espanha.
Futebol de clubes
E o time madrilenho é um dos maiores do mundo, ao lado de outros da nata europeia, como o espanhol Barcelona, os italianos Juventus, Milan e Inter, os ingleses Manchester United, Manchester City, Chelsea e Liverpool, o alemão Bayern de Munique e o francês PSG.
No continente sul-americano, brasileiros e argentinos são as principais forças, com camisas como Boca Juniors, River Plate, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, Athletico-PR, Atlético-MG, Cruzeiro, Inter e Grêmio.
Todas essas equipes disputam campeonatos nacionais e mantêm grandes rivalidades internas. Além das ligas, há outros torneios nacionais comuns, como copas, copas da liga e supercopas.
No Brasil, há ainda campeonatos estaduais e regionais, como a Copa do Nordeste e a Copa Verde. Esse tipo de torneio é mais raro no futebol internacional.
A nível continental, além da Liga dos Campeões, a Europa tem ainda a Europa League e a Conference League, enquanto a América do Sul tem a Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana.
Os demais continentes também têm torneios que dão vaga no Mundial de Clubes.
Ícones do futebol
Mas não podemos falar das grandes competições e dos grandes clubes de futebol sem falarmos dos grandes ídolos.
Vários nomes marcaram história no esporte, mas nenhum é mais lendário que Pelé, ídolo no Santos e na Seleção Brasileira, o ex-atacante é o único atleta a ser tricampeão da Copa do Mundo e somou 35 títulos na carreira.
Na atualidade, os nomes de maior destaque estão na reta final da carreira, mas seguem em atividade: o argentino Lionel Messi e o português Cristiano Ronaldo.
Os atacantes travaram uma rivalidade pelo posto de melhor do mundo entre as décadas de 2000 e 2010 e viraram ídolos ao redor do planeta, acumulando títulos, premiações e reconhecimento.
Além deles, também marcaram história atletas como os argentinos Diego Maradona e Alfredo Di Stéfano, os brasileiros Garrincha e Ronaldo, os portugueses Eusébio e Luís Figo, os alemães Franz Beckenbauer e Gerd Müller, os franceses Zinedine Zidane e Michel Platini, os italianos Paolo Rossi e Paolo Rossi e tantos outros.
Isso além das grandes referências do futebol feminino. A modalidade demorou mais para ganhar repercussão internacional, mas já tem nomes bem consolidados entre as maiores da história, como as brasileiras Marta e Cristiane, as estadunidenses Mia Hamm e Megan Rapinoe, a alemã Birgit Prinz, a espanhola Alexia Putellas e a sueca Pia Sundhage.
Impacto social e cultural
Além de fortes disputas entre clubes e seleções no mais alto nível internacional, o futebol também reflete na sociedade.
Vários países respiram o esporte, e o Brasil é um deles. Assim, o sonho do futebol molda a infância de milhões de crianças mundo afora, fazendo valer a letra do Skank: “quem não sonhou em ser um jogador de futebol?”
As oportunidades de atingir o grande sucesso dentro de campo são poucas, mas mudam a vida de milhares de jovens de algumas das comunidades mais pobres do Brasil e do mundo, dando oportunidades de ascensão social para várias famílias.
Mas, além disso, o futebol também pode exercer papel social com organizações, escolas e entidades.
E tudo isso também se reflete na cultura futebolística e na paixão nacional por esse esporte popular que é o futebol.
No Brasil, é comum encontrar campinhos de terra ou cimento nos mais diversos lugares, sendo tanto opção de lazer, como espaço para os primeiros passos da próxima geração de craques e ídolos nacionais.
E toda essa história do futebol como paixão nacional começa com Charles Miller, inglês que traz o futebol para São Paulo em 1988 e vê o esporte se espalhar como febre nas décadas seguintes.
A Seleção surgiu em 1915, de branco, ganhou força nos anos 1930, foi vice do Mundial em 1950 e se firmou como país do futebol na geração de Pelé, a partir de 1958.
Variações e estilos de jogo
Mas a diversão com os amigos no campinho de terra não é a única cara do futebol. O nível profissional exige aplicação técnica e, principalmente, tática. A depender do time, do campeonato e do país, o futebol pode ter características muito diferentes.
O Brasil, por exemplo, é reconhecido pelo jogo bonito, com intensidade ofensiva e dribles. Mas até mesmo no país, o futebol reativo, com uma marcação mais baixa e aposta em contra-ataques pode ser visto com muito sucesso por vários times.
Nossos vizinhos argentinos, por outro lado, são conhecidos por um jogo mais duro e catimbado.
Por anos, o futebol africano foi visto como uma prática de muita força e velocidade, mas pouco comprometimento tático, algo que vem mudando a passos largos nos últimos anos.
As seleções africanas vêm conseguindo se destacar no campo da técnica e bater de frente com algumas seleções da Europa e da América do Sul.
Mas nenhum estilo de jogo foi mais marcante nos últimos anos que o tiki-taka, implantado pelo treinador espanhol Pep Guardiola em seus times.
Apostando em uma boa construção de troca de passes e bastante movimentação dos jogadores de ataque, o modelo de jogo já empilha taças e vem sendo replicado por outros treinadores, sem o mesmo sucesso.
Futuro do futebol
O futebol já tem mais de 150 anos de história, mas segue como um esporte atual e moderno. Mas isso só é possível por causa de atualizações constantes na mecânica do jogo.
Um dia, os times já tiveram formações com seis ou sete atacantes no time titular, número que não passa de três no futebol atual.
Mas as inovações que vem aparecendo nos últimos anos estão mais ligadas à tecnologia. Além do VAR, que foi implantado antes da Copa do Mundo de 2018, já existem mecanismos com sensores que identificam se a bola entrou no gol ou se o jogador estava em posição de impedimento de forma automática, mas essas novidades ainda não são de uso amplo.
Assim, com um futebol cada vez mais tecnológico e com mais adaptações, a tendência é de um custo ainda maior para a prática em alto nível.
Isso torna o dinheiro um elemento ainda mais relevante, seguindo um movimento que vem sendo comum nos últimos anos, com grandes investimentos e entrada de grandes empresas no universo esportivo.