Fórmula 1
Flavio Briatore volta à F1 como conselheiro da Alpine
O italiano Flavio Briatore, ex-chefe das equipes Benetton e Renault nas décadas de 1990 e 2000, está de volta à Fórmula 1 como “conselheiro executivo” da Alpine, anunciou nesta sexta-feira (21) a escuderia francesa, que faz um início de temporada decepcionante.
“A Alpine F1 Team confirma que Flavio Briatore foi nomeado por Luca de Meo, PDG (presidente-geral), conselheiro executivo da divisão de Fórmula 1”, anunciou o construtor em um comunicado às vésperas do Grande Prêmio da Espanha.
“Briatore vai se concentrar principalmente nas atividades de alto nível da equipe, especialmente na procura de talentos de ponta e na análise do mercado de pilotos, no questionamento do projeto existente após a avaliação da estrutura atual e no aconselhamento sobre determinadas questões estratégicas no âmbito dos esportes”, disse a Alpine.
Briatore, de 74 anos, regressa assim à Fórmula 1 após 15 anos afastado da principal competição do automobilismo.
O italiano foi durante mais de duas décadas um dos homens fortes da Fórmula 1, destaque nos dois títulos mundiais conquistados por Michael Schumacher na Benetton (1994 e 1995) e no bicampeonato de Fernando Alonso pela Renault, em 2005 e 2006.
O escândalo que ficou conhecido como ‘crashgate’ causou sua saída da Fórmula 1 no final de 2009.
No Grande Prêmio de Singapura de 2008, o brasileiro Nelsinho Piquet sofreu um acidente que permitiu ao seu companheiro de equipe Alonso vencer a corrida.
Briatore foi acusado de ter orquestrado um plano para que Piquet causasse deliberadamente o acidente, sem o envolvimento de Alonso.
Por esta razão, o italiano foi demitido pela Renault e banido para sempre pela Federação Internacional do Automóvel (FIA), embora a justiça francesa tenha posteriormente dado razão a Briatore, considerando esta decisão irregular.
A situação tensa na Alpine fez com que a equipe francesa apostasse em tirar Briatore da aposentadoria.
A Alpine conquistou apenas cinco pontos nas primeiras nove corridas da temporada e a má relação entre os seus dois pilotos, os franceses Pierre Gasly e Esteban Ocon, levou a escuderia a anunciar em Mônaco que este segundo piloto deixará a equipe no final da temporada.