Fora de Campo
Vojvoda, do Fortaleza, descreve momentos de tensão em atentado: “Pensei em vítimas fatais”
Treinador do Fortaleza comentou sobre ataque sofrido pela delegação em Pernambuco; Vojvoda também defendeu a adoção de medidas duras
O treinador Juan Pablo Vojvoda, do Fortaleza, detalhou os momentos de tensão vividos pela delegação tricolor na última quarta-feira (21), no Recife, logo após a partida contra o Sport pela Copa do Nordeste. Em entrevista à revista Placar, o argentino relatou sobre o receio de consequências mais graves logo após o ataque.
“Escutei uma explosão muito forte, aí começaram os gritos. Foi uma pedra com uma bomba, que explodiu dentro do ônibus. A pedra acertou, poderia ter uma vítima fatal. Nesses cinco segundos, eu pensei em vítimas fatais”, desabafou Vojvoda.
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Logo após o jogo na Arena de Pernambuco, o ônibus que levava a equipe cearense foi interceptado por torcedores rubro-negros, que arremessaram bombas e pedras contra o veículo, deixando seis atletas feridos.
O comandante do Leão do Pici cobrou a adoção de medidas duras como resposta à violência. “O único jeito de resolver são punições muito severas. Não é por um clube, ou por outro, mas muitas vezes tem que cortar o mal pela raiz”, disse.
“O melhor daqui é a paixão. Gosto muito dos mosaicos, gosto muito que continuem jogando com ambas torcidas, mas também há um limite. Não se pode ultrapassar determinados limites. Nós que somos parte disso temos que trabalhar juntos para que isso não aconteça mais”, completou.
O treinador comentou ainda sobre os desfalques forçados da equipe, em razão da recuperação das agressões sofridas. O lateral-esquerdo Gonzalo Escobar teve a situação mais grave, chegando a ser constatado um trauma cranioencefálico e ter levado 13 pontos na região do supercílio e da boca.
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“O Titi tem um vidro na panturrilha. Bom, para uma pessoa que não joga futebol, você corta, abre, tira e recupera em dois meses. Mas você não pode cortar em uma sala de emergência um jogador profissional para tirar um vidro, porque isso pode comprometer sua carreira. Não estamos em igualdade de condições, estamos em desvantagem”, disse.