Julgamento de John Textor no STJD tem novo adiamento; pena pode chegar a 360 dias

Sessão foi adiada após John Textor apresentar novos vídeos ao vice-presidente do STJD

O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou mais uma vez o julgamento do empresário estadunidense John Textor, dono da SAF do Botafogo. O dirigente alvinegro responde a processo pelas declarações fortes feitas em novembro do ano passado, após a partida contra o Palmeiras pelo Brasileirão.

Na sessão desta quinta-feira (18), Textor apresentou novos vídeos ao júri, vinculados ao relatório produzido pela empresa francesa Good Game!, especializada em análises de arbitragem. Na ocasião, o vice-presidente do STJD, Felipe Bevilacqua, decidiu pedir o adiamento do julgamento.

“Eu tive particularmente uma conversa com o dono da SAF Botafogo, o John Textor e os advogados, que me trouxeram algumas situações confidenciais, das quais me sinto mais confortável. Aparentemente, nada de novo ou mais profundo”, declarou o magistrado na abertura da sessão. “Estou retirando de pauta por mais uma semana”, concluiu.

As denúncias contra John Textor são referentes aos artigos 243-F, que trata de ofensa à honra, e 258-B, sobre invasão ao local da equipe de arbitragem ou da partida, ambos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Ao todo, o cartola pode ser condenado a até 360 dias de suspensão.

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“O mundo todo viu, isso não é cartão vermelho. Ele pegou a bola primeiro. Não tenho certeza nem se foi falta. Mas não é cartão vermelho, ele mudou o jogo. Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo [presidente da CBF], mas você precisa renunciar amanhã de manhã. É isso que precisa acontecer”, declarou Textor ao final da partida contra o Palmeiras, questionando a expulsão de Adryelson.

“Esse campeonato se tornou uma piada. Ninguém merece isso, esses jogadores do Palmeiras não querem ganhar desse jeito, nós não queremos perder desse jeito. São cinco jogos seguidos. Senhores, vocês jogaram um bom jogo, não é culpa de vocês, mas isso é corrupção”, completou.