Copa do Mundo
Seleção Brasileira: História, Títulos e Feitos da Maior Seleção do Mundo
A seleção brasileira é considerada a maior do mundo, com 5 títulos da Copa do Mundo (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e 4 da Copa das Confederações (1997, 2005, 2009 e 2013), além de ser a única a que nunca ficou de fora de uma Copa do mundo. Conheça sua história!
Falar do futebol mundial sem falar da Seleção Brasileira é uma tarefa impossível. Por vezes, as histórias de ambos se misturam, tamanha a importância e influência da ‘Canarinho’ no esporte.
A amarelinha já conquistou cinco Copas do Mundo e vestiu centenas de craques ao longo do século. Conheça sua história e legado.
O início da Seleção Brasileira
A primeira vez que a Seleção Brasileira foi reunida para uma partida foi em 1914, tendo enfrentado o Exeter City, equipe da Inglaterra.
Há divergências sobre o placar final da partida, se teria sido 2 a 0 para o Brasil ou empate em 3 a 3.
No entanto, antes mesmo da estreia oficial com o nome de Seleção Brasileira, o país disputou algumas partidas durante os anos de 1903 e 1913, tendo sido representado por alguns combinados estaduais e regionais.
O futebol vivia franca expansão naquela época.
O primeiro título brasileiro viria cinco anos após sua estreia oficial. Em 1919, a Seleção conquistaria o título do Campeonato Sul-Americano, atual Copa América. Três anos mais tarde viria o bicampeonato.
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A história da Seleção Brasileira na Copa do Mundo
O primeiro mundial, ocorrido em 1930, já contou com a participação da Seleção Brasileira. À época, apenas 13 seleções disputaram a competição, que ainda não tinha nenhum torneio classificatório.
Todas as agremiações vinculadas à Fifa foram convidadas, mas muitas recusaram devido à distância (em especial as europeias) e ao fato dos jogadores desfalcarem suas equipes para disputar a Copa.
A participação brasileira não foi das melhores. Em um grupo com Iugoslávia e Bolívia, o Brasil venceu os sul-americanos e foi derrotado pelos europeus, que avançaram às semifinais. O primeiro gol brasileiro em Copas foi marcado por Preguinho.
Vale lembrar que a Seleção Brasileira é a única a ter participado de todas as edições da Copa do Mundo de Futebol Masculino.
A primeira final da Seleção Brasileira em Copa do Mundo e o Maracanaço
Após o Mundial de 30, onde foi eliminado na primeira fase, a Seleção Brasileira passou a progredir nas edições seguintes.
Em 34, caiu nas oitavas para a Espanha. Quatro anos depois, parou na semi diante da Itália.
Com o hiato provocado pela Segunda Guerra Mundial, a Copa voltou a acontecer em 1950, no Brasil. E foi neste ano que a Seleção Canarinho chegou à final pela primeira vez.
Diante de 200 mil torcedores que lotaram o Maracanã, o Brasil perdeu de virada para o Uruguai por 2 a 1 e viu a Celeste se sagrar bicampeã mundial.
A conquista da primeira Copa do Mundo da Seleção Brasileira
Depois de bater na trave em 50, o Brasil achou um ‘culpado’ pelos insucessos nas primeiras copas: o uniforme branco.
Após o Maracanazo, foi lançado um concurso para escolher o novo uniforme da equipe. Venceu o modelo que se aproxima bastante do que temos hoje: camisas amarelo-ouro, calções azuis e meiões brancos.
Em 54, o uniforme canarinho estreou em Copas com uma campanha consideravelmente boa: chegou às quartas de final, caindo para a Hungria de Puskas. Mas o melhor ainda estava por vir.
Na Suécia, em 1958, o Brasil chegava à Copa com uma grande equipe. Com nomes como Garrincha, Vavá, Zagallo, Didi, Nilton Santos e, claro, Pelé, o Brasil conquistou seu primeiro mundial.
Pelo caminho, ficaram Áustria, Inglaterra, União Soviética, País de Gales e França, além da anfitriã Suécia, goleada por 5 a 2 na final.
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O bi-campeonato e o destaque de Garrincha
Quatro anos depois da primeira conquista, o Brasil se classificou novamente para o Mundial.
Em 62, o Chile sediou a competição. A Seleção Brasileira contava com importantes remanescentes da campanha do título na Suécia. Nomes como Pelé, Zagallo e Didi, além do capitão Bellini, integraram o elenco.
Mas logo no segundo jogo da competição Pelé acabou se machucando durante o jogo contra a Tchecoslováquia, ficando de fora do restante da competição.
Dessa forma, Garrincha e Vavá precisaram assumir o protagonismo da seleção para levar o Brasil a outro título. Com quatro gols cada, os atacantes de Botafogo e Palmeiras conduziram o Brasil ao bi mundial.
Garrincha foi eleito o melhor jogador da competição, e foi o artilheiro da edição empatado com Vavá e outros 4 jogadores.
Na final o Brasil reencontrou a Tchecoslováquia, com quem havia empatado em 0x0 na fase de grupos, e venceu por 3×1, mesmo com Garrincha doente.
O jogador disputou a final com febre, o que impossibilitou que ele tivesse uma grande atuação. Porem, apenas a presença do brasileiro gerava preocupação e puxava a atenção da zaga adversária, gerando espaço para os seu companheiros marcarem e o Brasil erguer mais uma taça.
O primeiro tricampeão mundial e a Taça Jules Rimet
Oito anos depois do último título, chegamos a um dos mundiais mais lembrados pelos brasileiros: a Copa do Mundo de 1970.
A Seleção foi ao México com nada menos que cinco camisas 10: Rivelino (Corinthians), Jairzinho (Botafogo), Gérson (São Paulo) e Tostão (Cruzeiro), além de Pelé (Santos).
O super time marcou 19 gols ao longo da Copa, dos quais, 17 saíram dos pés do quinteto.
Com um futebol coletivo e extremamente talentoso, o Brasil deixou para trás Inglaterra, Romênia e Tchecoslováquia na primeira fase.
Nas quartas, venceu o Peru e se classificou para enfrentar o Uruguai nas semi.
Venceu os rivais sul-americanos por 3 a 1 e garantiu vaga na final contra a Itália. Era a primeira final entre dois bicampeões mundiais.
O vencedor daquela decisão ficaria com a emblemática Taça Jules Rimet.
A peça foi idealizada e produzida nos anos 20, antes mesmo da primeira Copa do Mundo, e estava destinada à primeira Seleção que alcançasse o tricampeonato pela primeira vez.
Na partida, vitória elástica do Brasil sobre os italianos: 4 a 1 e festa para os 90 milhões brasileiros da época.
A seleção foi a primeira, e até hoje única equipe a ser campeã da Copa do Mundo vencendo todos os seus jogos tanto no torneio quanto nas classificatórias para ele, dando o tom da superioridade da equipe perante seus adversários.
Após alcançar esse grande feito, a seleção voltou para o Brasil com a tão aguardada Taça Jules Rimet, entretanto, em 1983 a taça foi roubada e derretida pelos ladrões.
Uma curiosidade é que essa foi a segunda vez que a taça foi roubada, a primeira aconteceu na Inglaterra em 1966 e na ocasião um assessor brasileiro disse que iss jamais aconteceria no Brasil.
1982 e a seleção que encantou sem vencer
Apesar de normalmente nós lembrarmos das equipes que ergueram a taça de campeão do mundo, existe uma escalção que marcou uma geração de torcedores, mesmo sem vencer a Copa do Mundo.
Waldir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Junior; Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico; Serginho (Paulo Isidoro) e Éder, sob o comando de Telê Santana formaram uma das seleções mais memoráveis e encatadoras que já disputaram a competição.
Após uma primeira fase de respeito, onde a seleção venceu os seus 3 jogos, marcou 10 gols e sofreu apenas 2, a equipe avançou para a segunda fase como uma das favoritas ao título.
A segunda fase funcionava com grupos de 3 times, onde apenas um avançaria para o mata-mata. O Brasil pegou um time dificil com a Argentina de Maradona e a Italia como suas rivais.
Apesar disso, o Brasil estreiou vencendo a Argentina por 3×1 com uma grande atuação, se consolidando como a favorita do grupo. Porem no último jogo, dependendo apenas de um empate contra a Itália para avançar, a seleção acabou derrotada por 3×2, em um dia que ficou marcado pelas grandes chances perdidas.
Apesar da derrota, o time de 82 e até hoje lembrado como um dos melhores do futebol, sendo referenciado pelo treinador Pep Guardiola como uma das suas inspirações.
O efeito dessa equipe foi tão relevante, que até hoje Telê Santana é lembrado como um dos treinadores mais relevantes do mundo, sendo o brasileiro melhor ranqueado pela revista France Football em sua lista dos 50 maiores treinadores de futebol de todos os tempos.
O tetra e o penta da Seleção Brasileira, conquistados sob desconfiança
Depois do tri de 1970, a Seleção Brasileira passaria por um grande hiato de títulos mundiais.
As décadas seguintes foram marcadas por conquistas de Itália, Alemanha e Argentina. Nesse período, algumas eliminações ficaram marcadas, especialmente em 1982.
O Brasil de Telê Santana contava com Sócrates, Falcão e Zico entre os convocados, mas caiu diante dos italianos.
A quarta conquista veio apenas em 1994, comandada por Carlos Alberto Parreira e repleta de desconfiança.
O Brasil vinha de eliminação na Copa de 90 para a arquirrival Argentina e alguns remanescentes da campanha foram ao Mundial dos Estados Unidos.
E foi dos remanescentes que veio o grande nome da Copa de 94: Romário. Ao lado de Bebeto, formou grande dupla de ataque que conduziu o Brasil ao tetra.
Também foi nesse Mundial que dois atletas tiveram sua redenção com a camisa canarinho: o goleiro Taffarel e o volante (e capitão) Dunga.
Os dois mundiais seguintes também teriam a Seleção Brasileira no alto da prateleira. Em 98, o Brasil novamente foi finalista, mas perdeu a final de forma vexatória para a seleção da França, anfitriã do torneio, por 3 a 0.
Na edição posterior, a primeira disputada na Ásia, o Brasil alcançaria o pentacampeonato mundial.
Com alguns remanescentes do mundial de 1998, a Seleção chegou novamente cercada por desconfiança, tendo conquistado sua classificação para o Mundial na última rodada das eliminatórias.
O trabalho de Luiz Felipe Scolari era bastante questionado e, na convocação para a Copa, novamente sofreria duras críticas. Romário ficaria de fora da relação e Ronaldo, que vinha de lesão, estava entre os 23 nomes.
Com sete vitórias em sete jogos, o Brasil chegou ao penta conduzido por um futebol coletivo, mas que teve o brilho individual de três craques: Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo.
Os dois últimos, responsáveis por 13 dos 18 gols marcados pela equipe. De 2002 para cá, a taça não veio mais para o solo brasileiro.
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Jogadores históricos da Seleção Brasileira
Ao longo dos mais de 100 anos de história da Seleção Brasileira, inúmeros craques ostentaram a camisa da Seleção Brasileira, antes mesmo dos títulos mundiais.
Nos anos 30, por exemplo, Leônidas da Silva e Domingos da Guia encantaram o Brasil com o seu futebol. Na década seguinte, foi a vez de Heleno de Freitas e Nilton Santos.
Daí para frente, surgiram uma série de campeões mundiais. Didi, Vavá, Zagallo, Garrincha, passando por Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Carlos Alberto Torres. Todos esses entre as décadas de 50 e 70.
Na era do futebol moderno, os anos 80 revelaram nomes como Zico, Junior, Falcão, Roberto Dinamite e Cerezo.
Via-se também o surgimento de Romário e Bebeto, que ajudariam a Seleção Brasileira a conquistar o tetra.
Na geração seguinte, brilharam com a amarelinha craques como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Cafu, Roberto Carlos, Kaká e muitos outros.
Atualmente, Neymar é o grande nome da Seleção Brasileira, com Vinícius Júnior em franca ascensão.
Maiores artilheiros da Seleção Brasileira
Ao contrário do que muita gente pode imaginar, não é Pelé o maior artilheiro com a camisa da amrelinha. Isso acontece porque para a FIFA, muitos dos gols marcados pelo Rei, não aconteceram em jogos oficiais, e portanto, não são válidos.
Com isso, o Rei do Futebol acaba tendo boa parte dos seus jogos e feitos pela seleção desconsiderados quando falamos em números oficiais, o que altera bastante as coisas. Considerando apenas os gols oficiais os maiores artilheiros da seleção brasileira são:
- Neymar: 79 gols em 129 jogos;
- Pelé: 77 gols em 92 jogos;
- Ronaldo: 62 gols em 99 jogos;
- Romário: 55 gols em 70 jogos;
- Zico: 48 gols em 71 jogos;
- Bebeto: 39 gols em 75 jogos;
- Rivaldo: 35 gols em 75 jogos;
- Jairzinho: 33 gols em 71 jogos;
- Ronaldinho Gaúcho: 33 gols em 97 jogos
- Ademir de Menezes: 32 gols em 39 jogos.
A Seleção Brasileira de Futebol Feminino
Com menos tempo de estrada do que o futebol masculino, a Seleção Feminina também já esteve na primeira prateleira do futebol mundial.
No começo do esporte, Sissi e Pretinha marcaram a primeira geração de mulheres a honrar a camisa do futebol brasileiro.
Posteriormente, craques como Formiga, Cristiane e Marta elevaram o país a um outro patamar mundial. Esta última, foi eleita seis vezes como a melhor jogadora do mundo.
Títulos conquistados pela Seleção Brasileira
O grande feito da história da Seleção Brasileira é amplamente conhecido: ser o único pentacampeão mundial. Mas, a galeria de troféus abriga ainda mais conquistas.
A equipe principal do Brasil conquistou nove vezes a Copa América, além de quatro Copas das Confederações.
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A trajetória da Seleção Brasileira é cheia de grandes momentos, como em suas 5 conquistas mundiais, assim como derrotas amargas no tão lembrado 7×1. Mas independente disso tudo, a seleção segue revelando grandes jogadores e aparecendo como uma das favoritas Copa após Copa.
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