Copa do Mundo
As Bolas da Copa: A Evolução dos Designes e Tecnologias ao Longo dos Torneios
As bolas da Copa do Mundo refletem os acontecimentos mundiais e carregam o legado de cada sede desde o início do torneio, em 1930.
O principal objeto do futebol se renova a cada ciclo do torneio mais importante do esporte. Uma evolução que vai desde as bolas de capotão, feitas em couro, até as bolas com chip utilizadas nas edições recentes.
As primeiras bolas usadas na Copa do Mundo eram feitas de couro e possuíam costuras grosseiras no design.
Em dias de chuva, por exemplo, o couro encharcava e deixava a bola mais pesada. Isso só mudou entre as décadas de 60 e 70, quando o acessório passou a ser impermeável.
A mudança no material, por sua vez, ocorreu nos anos 80, época em que o couro tradicional deu lugar ao sintético. A matéria-prima da bola mudou novamente na década de 90, com a chegada dos polímeros. Com isso, as bolas ficaram mais leves.
As primeiras bolas da Copa e suas características históricas
Nas três primeiras Copas do Mundo (1930, 1934 e 1938), a bola era de couro marrom: a famosa bola de capotão.
As costuras eram externas, e o bico de encher ficava para fora. Inclusive, há uma curiosidade na edição de 1930: duas bolas de aspectos diferentes foram usadas na final, uma em cada tempo.
O motivo? Falta de acordo entre as seleções da Argentina e do Uruguai. A solução encontrada foi utilizar uma de cada time na decisão.
A evolução dos designs das bolas ao longo dos torneios
As bolas das primeiras Copas do Mundo não sofreram alterações significativas entre as edições. No máximo, uma mudança de cor, como foi em 1954, uma modificação na costura, como em 1950, mas nada de tão inovador.
A grande revolução, contudo, veio com a Telstar em 1970. Foi a primeira bola de futebol branca a ser decorada com pentágonos pretos.
Ela recebeu esse nome, que significa “estrela da televisão”, por ser a primeira Copa com transmissão ao vivo. Assim, a ideia era que a esfera se tornasse visível na TV. O sucesso da Telstar foi tanto que ela voltou a ser utilizada em 1974.
Outra bola que teve seu desenho como destaque foi a Tango, de 1978. Mais uma vez, foi criada uma bola que se tornaria um clássico do futebol.
Tanto que, nos anos seguintes, todas as bolas oficiais da Copa do Mundo foram inspiradas nesse design. O modelo só foi abolido totalmente em 2002.
As tecnologias inovadoras aplicadas nas bolas recentes
As bolas utilizadas nas Copas do Mundo tiveram transformações importantes para o desenvolvimento do futebol.
Seja no material, na costura, ou em tantos outros fatores. No que diz respeito à tecnologia, a pioneira foi a Telstar da Copa da Rússia de 2018.
Foi a primeira bola a abrigar um chip NFC, que permite interação com smartphones, tendo um número de identificação individual e habilitando conteúdos e informações exclusivas.
Já a bola oficial da Copa do Mundo do Catar, em 2022, chamou atenção quando foi avistada sendo carregada na tomada.
A explicação para isso é simples: no interior da bola, existe um sensor de movimento de unidade de medição inercial de 500 Hz, capaz de rastrear cada toque a uma taxa de 500 vezes por segundo. O sistema disponibiliza ao VAR informações coletadas em tempo real.
Modelos icônicos e polêmicas relacionadas às bolas da Copa
A bola que marcou época e fixou legado na história da Copa do Mundo foi a Telstar de 1970.
Pela primeira vez, a bola foi branca com gomos pretos em formatos de pentágonos. O modelo, tamanha adesão que teve, voltou a aparecer na Copa de 1974 e foi remodelado para a edição de 2018 na Rússia.
Outra bola icônica, principalmente por ser alvo de polêmica, foi a famosa Jabulani, da Copa do Mundo realizada na África do Sul, em 2010.
Ela recebeu inúmeras críticas por ser leve, instável e mudar de trajetória. No Brasil, ficou ainda mais afamada por meio da narração “Jabulaaaani”, de Cid Moreira.
Considerações finais sobre a importância das bolas da Copa no futebol mundial
A Copa do Mundo é uma competição singular por tudo que ela representa no esporte. Assim, naturalmente o que a envolve ganha destaque.
Não é diferente, por exemplo, com as bolas, que vêm sendo aprimoradas a cada edição. Elas representam materialmente não só a evolução das Copas, mas de todo o futebol.
Simbolizam conquistas, tradições e constituem objeto de representatividade na história dos países-sede.