Jogos começam no dia 26 de julho
Centenas de policiais se manifestaram, nesta quinta-feira (18), na França, convocados por vários sindicatos, para reivindicar compensações financeiras por sua mobilização durante a Olimpíada de Paris, que coincidem com as tradicionais férias de verão.
“Sem medidas excepcionais, sem acordo prévio, os Jogos Olímpicos serão realizados sem nós. Se não tivermos o reconhecimento que merecemos por nossa implicação, não estaremos lá”, advertiu o líder do sindicato Alliance, Fabien Vanhemelryck.
Os sindicatos pedem garantias sobre o direito às férias de verão, bônus para todos os agentes de até 2.000 euros (10.743 reais, na cotação atual) e um acompanhamento social, sobretudo para a atenção de seus filhos.
“Só sabemos que foi pedido que todo mundo trabalhe”, disse à AFP Lionel Maunier, da Alliance em Estrasburgo (nordeste). “Mas temos filhos e alguns temos que cuidar deles. Não sabemos como vamos nos virar”.
No final de dezembro, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, pediu uma “mobilização de 100%” dos agentes entre 26 de julho e 11 de agosto e lhes propôs dez dias de férias entre 15 de junho e 15 de setembro, em carta ao sindicato FO.
A Olimpíada de Paris
Em relação aos bônus, o ministério do Interior evocou quantias de 500 euros (2.682 reais) e até 1.500 euros (8.051 reais) em casos “excepcionais”.
Mas estes anúncios, além de uma reunião na segunda-feira, na qual Darmanin apoiou as medidas de acompanhamento social, não convenceram os sindicatos, que convocaram a mobilização em várias formas: distribuição de panfletos em Bordeaux, atividade mínima nas delegacias, operação tartaruga em aeroportos e concentrações ao meio-dia em frente a várias delegacias.
Durante a Olimpíada, os olhares do mundo se voltarão para a segurança depois do caos registrado na final da Liga dos Campeões, em Saint-Denis, ao norte de Paris, em maio de 2022. A França quer demonstrar que é capaz de sediar eventos esportivos internacionais.